Sunday, August 02, 2009

Novos mundos


Quão difícil é achar um pequeno planeta que orbita silenciosamente em torno de uma estrela qualquer, dentre bilhões delas, a muitos anos luz daqui? Para ter uma idéia dessa dificuldade, só mesmo conhecendo os métodos que são usados na empreitada. Uma pequeníssima variação no brilho da estrela, se acontecer periodicamente, pode ser indício da passagem de um planeta na frente da estrela. Problema: o método só serve para o raro caso em que a Terra está contida no mesmo plano que a órbita do planetinha. Outro método: detectar mudanças na velocidade radial da estrela com relação à Terra. Se há um planeta orbitando a estrela, então o centro de rotação do sistema não coincide com o centro de massa da própria estrela, de modo que às vezes ela está se afastando, às vezes se aproximando de nós. Agora a o planeta não precisa mais passar exatamente entre a Terra e a estrela, mas o método é tão menos preciso quanto mais perpendicular for o plano da órbita com relação à nossa linha de visada. E, convenhamos, esta técnica requer uma precisão e tanto!

Tecnicidades do problema à parte, convenhamos: vivemos em uma era em que é realidade a busca por outros planetas. Eles estão sendo catalogados e já somam centenas. Dada a história da vida na Terra, é um privilégio e tanto. Tudo bem que há outras coisas pra se pensar também. Aquecimento global, guerras, ou o Santander que está me cobrando uma fatura enorme de um cartão que nunca usei na vida. Não sei se há vida lá fora. Mas a vida aqui na Terra é bem exótica.
legenda da imagem acima: The discovery Doppler data of the planet orbiting Gliese 436. Doppler measurements of Gliese 436 are shown versus time, during an orbit cycle (2.64 days), obtained at the Keck 1 telescope. The apparent orbital period of the planet is 2.64 days and the mass of the planet is 22.7 Earth-Masses. The discovery was made by the California & Carnegie Planet Search team, described in two published papers by Butler et al. (2005) and Maness et al. (2007) .

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