Wednesday, September 30, 2009

Faz tempo já...

Ele entrô com aquela caxinha preta na mão, eu sabia que era um instrumento. Aquelas caixa é sempre de algum tipo de instrumento, sabe? E tava bem véia já, comida nas berada. Pagô em dinheiro, não sei se num tinha bilhete único ou sei lá. Perguntei se era flauta, porque era uma caixa comprida mas era fina, estreita demais pra ser trumpete.

- É um clarinete.

Faz tanto tempo já... Eu tocando na bandinha, pensando em virar músico um dia, já pensou? Daí ele começou a me perguntar, falei dos tempos lá no Piauí que eu tocava na bandinha da cidade. Contei que adorava tocar trompete. Mas não queria contar, sabe? Dá um aperto... E ele falava pra eu arranjar um instrumento véio, qualquer um, e tocar pra brincar mesmo, vez ou outra. Pode uma coisa dessas? Faz tempo que vim pra São Paulo já... Duas filhas agora, a casa, e todo dia nos ônibus, pra tudu que é lado, sabe? Vô tocá o que? Num vai saí nada que eu lembro, e vô lembrá de quando tocava tanta coisa bonita, e vou ficar mais triste... Inda bem que ele foi embora logo, que a conversa num tava num rumo bom.

Saturday, September 26, 2009

Minha sobrinha j=á sabe escyrevery7666

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E já sabe me atrapalhar iyjeqyyyyynatr6g 654enquyan5to6 yeu5 e6styou 6t escrevendohuik.hn..
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nathália
adriano
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titi
toto
tutu
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discupa tio

Thursday, September 24, 2009

A eterna guerra

Nesta tranquila manhã de domingo minha paz celestial foi ameaçada por velhas senhoras enviadas do demônio, numa tentativa ousada de lançar pragas sem fim contra meu futuro. Elas vieram disfarçadas de enviadas de Deus. Eu sei que, no Domingo, Deus descança. Deus é justo, presente e onipotente, não precisa enviar velhas loroteiras no seu lugar no dia em que não faz nada. Velhas loroteiras são onichatas.

Wednesday, September 23, 2009

A guerra das planilhas, e outros contos da informática


Achei um documentário sobre a guerra de planilhas de cálculo, transmitido originalmente em 1988. Várias coisas são interessantes no vídeo. A diferença entre a Microsoft e seus concorrentes se faz gritante não apenas na apresentação do produto; a postura de vendedor eloquente do enviado de Gates ao programa é notavelmente contrastante com os demais. O atraso da Lotus em soltar uma versão mais atual do Lotus 123 também marca uma diferença de estratégia entre as empresas.

Uma outra coisa que chama a atenção, para mim, é a forma ao mesmo tempo civilizada e agressiva em que o programa transcorre, com concorrentes lado a lado afirmando por que seus produtos são melhores que o das pessoas sentadas ao lado. Todos respeitando a vez de cada um falar; os apresentadores do programa fazendo perguntas equilibradas a respeito dos produtos. Um outro mundo.

Para quem quiser assistir mais documentários-fósseis dos primórdios da era digital, basta clicar aqui.

Tuesday, September 22, 2009

Engenhocas high-tech


É sem fim o número de invenções tecnológicas de todas as espécies que compõe as várias facetas da nossa História, das artes às guerras, da literatura ao rock. Um humilde apanhado de curiosidades encontra-se neste link aqui.

PS: Eu já tive um etch a sketch!!! =D

Monday, September 21, 2009

Ela, a Navio

Sunday, September 20, 2009

Nerds descolados...

Tenho esse costume de ficar de olho em mais e mais livros, garimpando coisas por aí. Minha volta a atividades engenheirescas, confesso, me fez olhar novamente para livros exatóides de um jeito que já há muito eu não olhava. E aí comecei a reparar em uma coisa... Ao lado de muita gente séria, há um ou outro profissional desencanado que escreve como bem entende, sem essa de formalidades e impessoalidades. Eis alguns títulos:

Modeling for field biologists and other interesting people, de Hanna Kokko.



Um outro bem inusitado, mas bem interessante também: The Tragicomical History of Thermodynamics, de C. Truesdel.

Mas se tem um que resolveu quebrar os padrões de seriedade típicos dos livros de exatas, é esse:

Concreto armado, eu te amo

Saturday, September 19, 2009

Vida burocrática

Notavelmente desapontada, minha tia reclamou:

- Não acredito que você ainda não tem CREA!

- E só vou tirar se precisar!

- Mas Adriano...

E ficou ali, pensando em algum argumento definitivo, o protesto derradeiro, que logo veio:

- ...imagina o que seria do Maluf sem CREA!

Friday, September 18, 2009

Adrianos felizes

Não tem o que explicar. É só ver o vídeo e ser feliz.

Thursday, September 17, 2009

Pelúcias exóticos


Pra quem quer sair da mesmice com o próximo ursinho de pelúcia (para si ou para presente), aqui vai uma boa dica: GIANT MICROBES.

E, sim, a produção dos caras é atualizada. Já está disponível o pelúcia da gripe suína:

Wednesday, September 16, 2009

Os copépodes


Seres estranhos, esses pequenos copépodes. Parecem ervilhinhas com longas antenas. Monstros de um outro mundo? Aberrações de um canto bizarro e esquecido de nosso planeta? Não... nem de longe. Trata-se, na verdade, de um dos mais importantes habitantes da Terra. Há estimativas estipulando que eles constituem a maior fração da biomassa deste planeta. Ou seja, se você pesasse todos seres vivos, o maior peso seria devido à população destas pequeninas bizarrices.

Sua importância na cadeia alimentar global é tremenda. Eles alimentam-se do plâncton microscópico para posteriormente (a contragosto) servirem de alimento aos seres maiores. São portanto os pilares que sustentam a vida macroscópica do oceano sobre o invisível mundo fotossintético difuso mares afora.

E eu há pouco nem sabia que eles existiam!

Tuesday, September 15, 2009

Mulheres bonitas emburrecem os homens


De repente a idéia de que uma mulher bonita faz o homem gagejar, se perder, se confundir com o que está fazendo, não é tão exagerada assim. Segundo um estudo publicado no Journal of Experimental and Social Psychology, a presença de mulheres bonitas estupidifica os homens. Mas segundo o estudo, a imagem estereotipada é um caso extremo: o que acontece é que os homens tendem a alocar todos seus esforços cognitivos em tentativas de impressionar as mulheres, e passam a ter péssimo rendimento em outras tarefas.

O mesmo não acontece como as mulheres.

Novidade...

Monday, September 14, 2009

Quanto vale a vida?


Não agradou a idéia publicitária do World Wildlife Fund em que uma comparação direta é feita entre o tsunami na Ásia e o atentado de 11 de setembro. Que cada morte ocorrida sobre este planeta deveria ter em torno de si um véu de singularidade que privasse de sentido qualquer tentativa de comparação, tudo bem. Mas até aonde vai a frieza dos números, comparações são possíveis, e têm lá sua utilidade. Não quero defender a campanha do WWF, até porque estética e bom gosto estão longe de ser boas especialidades de alguém tão permissivo, empolgado e tranquilo quanto eu. O que me chama a atenção é que as comparações numéricas são possíveis em inúmeros casos, e podem levar a questões qualitativas interessantes.

Quantas pessoas morrem anualmente de câncer? Vítimas da criminalidade? Vítimas de guerra? Vítimas de acidentes de trânsito? Vítimas de vazamentos nucleares? Vítimas de doenças tropicais? Vítimas da gripe asiática? Vítimas de crime passional? De velhice pura e crua? De fome? De sede? De acidentes de trabalho? De tédio? De terrorismo?

Que diferença faz, para o grau de impacto da notícia, quem é o morto e quais as circunstâncias da morte? Cinco milhões de mortes de civis em um campo de concentração significam o mesmo que cinco milhões de mortes de soldados em um campo de batalha?

A morte de um artista famoso é mais importante que a morte de milhares de pessoas desnutridas, famintas e mortas de sede?

Pensar nessas questões deve obrigatoriamente passar pela distinção entre investigação "do mundo como ele é" e "do mundo como ele deveria ser". Ideal contra empírico. Enquanto não há dificuldade em reconhecer que as mortes em um campo de concentração são muito mais horrendas que um número equiparável de mortes em um campo de batalha, por exemplo, a questão seguinte sobre o artista inevitavelmente ganha duas respostas. No âmbito ideal, pe difícil defender que a morte de um único artista deveria impactar mais o mundo do que a morte de milhares e milhares de pessoas sofrendo as mais devastadoras condições de vida. No âmbito empírico, contudo, Michael Jackson morrendo é muito mais pop que um bando de etíopes definhando.

Não interessa apenas quantos morrem. Interessa quem é o assassino. Interessa quais as circunstâncias da morte. E interessa quem é o morto.

A campanha publicitária da WWF foi uma péssima escolha, pois fere pudores instintivos que jamais permitirão que o objetivo final da peça seja compreendido além do orgulho que toda comparação entre diferentes mundos sucita. Bom mesmo para o movimento ambientalista no mundo seria um real tsunami sobre as linhas costeiras de Nova York, que certamente levariam os mais irracionais e emotivos impulsos da civilização na direção à qual tantos esperam em vão que as razões modernas se dirijam.

Certo estava o Ed Mort... O que diferencia o homem dos animais é que o homem sabe que é irracional.

Sunday, September 13, 2009

Percepções...

Ah, vai entender... As pessoas são assim, paradoxais, cheias de contraste, conflitantes numa perspectiva mais amplas, e é isso mesmo que significa dizer que são muito humanas.

Dou aulas de inglês para a Aline duas vezes por semana. É perto de um shopping, e também é perto do metrô Barra Funda. Tipicamente, as aulas terminam entre as 18:30 e as 19 horas. Ainda é cedo demais, segundo meu gosto, para desfrutar dos prazeres do transporte público. Assim, vou para o shopping, tomo um sorvete. Cinema, livraria. Pessoas diferentes andando pra lá e pra cá. Fico observando.

Aí pensei, outro dia, no óbvio. A praça de alimentação é sempre nos andares superiores. Claro: compras, nem sempre fazemos, mas alimentar-nos é algo forçosamente rotineiro mesmo que não muito disciplinado. Assim, com a praça de alimentação lá em cima, pelo menos as pessoas passam em frente às lojas, e de repente despertam interesse por algo.

Mas aí pensei numa outra coisa... Imagine que o mesmo efeito fosse procurado por meio de uma "regra". Suponha que a praça de alimentação fica no primeiro andar, logo na entrada. Mas existe uma regra que diz que você só pode comprar comida se primeiro subir as escadas e passar em frente as vitrines das lojas, até o último andar. O que você faria? Soa algo revoltante, inaceitável e sem sentido, não é? Mas veja só que curioso... A configuração dos shoppings atuais é uma artimanha para te fazer passar em frente às vitrines, mas não parece algo revoltante. Quando você entra no shopping, você passa pelas vitrines porque a praça de alimentação está lá em cima, não há outra opção, e nada de revoltante nisso. O fato de essa configuração ter sido uma deliberação ocorrida no passado não desperta o mesmo tipo de indignação que uma regra abstrata despertaria no nosso shopping imaginário com a praça de alimentação no térreo.

Daí a conclusão: não associamos muito fortemente as características físicas do nosso ambiente ao processo deliberativo que deu origem a ele. A pessoalidade é sentida quando se percebe a abitrariedade da imposição, não quando esta é camuflada por meio de coerções físicas inertes. Não sei se é uma tendência primitiva de entender separadamente ambiente natural e ambiente social, ou se é um indício de baixa consciência política do cidadão moderno... É claro que, neste momento, penso em coisas muito mais relevantes do que a posição da praça de alimentação de um shopping...

Saturday, September 12, 2009

Constatação

De todas as formas sérias de pensar o mundo, o humor é a mais corajosa.

Friday, September 11, 2009

O mundo é bom

Olhar horrível, contorcendo-se para reter as lágrimas de alguma forma. A cada sacolejar do ônibus, uma nova e diferente expressão de dor. Um passageiro, ao dar-lhe o dinheiro, pergunta: o que foi? Quase balbuciando, ela explica: dor. Tô com dor na coluna, moço.

Segundos depois, lá de trás, levanta-se um homem, senhor já, agasalho pesado contra o frio desses dias de agosto. Vai até a catraca: quer tylenol? Toma! Deu-lhe uma cartela cheia. Ela fica olhando, agradecida. O tal homem vai se sentar.

Ela grita ao motorista: Tem água aí? Um passageiro me deu tylenol, é comprimido. Tem água? O motorista faz que não com a cabeça e segue dirigindo. Olhando adiante.

Surge então, sei lá da onde, um braço estendendo à cobradora uma garrafa d'água. Meio litro, cheia, fechada. Toma. A pessoa virou-se e voltou ao seu lugar. A cobradora ficou olhando, tomou o comprimido. Mas antes mesmo de tomar o comprimido, e antes que a dor na coluna lhe desse grandes tréguas, já se sentia tão melhor...

Thursday, September 10, 2009

MUCO


O Diário do Comércio inaugura o Museu da Corrupção on-line, para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.

Para conhecer o MuCo, clique aqui.

Por Luiz Octavio de Lima

No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.

Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.

Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.

O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.

Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.

O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.

Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br

Para conhecer o MuCo, clique aqui.

Wednesday, September 09, 2009

Mito #3: Danos cerebrais são irreversíveis


(Este post é a parte 4 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Fato: O cérebro consegue se reparar e compensar certas perdas, e mesmo gerar novas células.

Acredita-se que cada pessoa nasce com um número finito de células cerebrais, então se você danifica algumas delas ficará no déficit pelo resto da sua vida. Menos de 20 anos atrás, mesmo especialistas na área da neurociência acreditavam que o cérebro era inalterável; uma vez que ele fosse "quebrado", não poderia ser consertado. Mas descobertas recentes têm convencido cientistas a pensar diferente. Evidências mostram que o cérebro permanece "plástico" por toda a vida: ele pode se remodelar ou mudar a si mesmo em resposta a novos aprendizados. Sob determinadas circunstâncias, o cérebro pode até mesmo criar novas células através de um processo chamado de neurogênese.

Para mostrar a regeneração de células cerebrais, em 1998 cientistas aplicaram uma substância que identifica a divisão celular em um grupo de pacientes com câncer em estado terminal. Exames pós-morte verificaram que a substância havia aderido a novas células no hipocampo. Esta descoberta não apensa refuta o mito de que "nascemos com um número finito de células cerebrais", mas também trás esperança a pacientes com danos cerebrais causados por doenças ou traumas. O trabalho recente da equipe do Neurological Foundation Brain Bank, do professor Richard Faull, conduzido na universidade de Auckland, confirmou este processo.

Tuesday, September 08, 2009

Mito #2: As personalidades mostram dominância do cérebro esquerdo ou direito


(Este post é a parte 3 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Fato: Os dois hemisférios são intrincadamente co-dependentes.

Este mito sustenta que o hemisfério direito de uma pessoa é preponderantemente criativo, intuitivo, voltado às artes, ao passo que o hemisfério esquerdo é mais voltado à solução de problemas, mais linear, lógico. O mito teve origem na ciência genuína, mas novas tecnologias de mapeamento têm mostrado que o cérebro é mais interdependente do que antes se pensava.

Este mito provavelmente tem suas raízes no século XIX, quando os cientistas descobriram que um dano em um dos hemisférios cerebrais causava perda de habilidades específicas. Por exemplo, habilidades espaciais pareciam residir na metade direita do cérebro, e a linguagem na metade esquerda. A idéia ganhou força quando na década de 60 do século passado cientistas estudaram pacientes com epilepsia que haviam passado por uma cirurgia para romper as ligações entre os hemisférios. Estes pesquisadores mostraram que quando os hemisférios cerebrais não podiam mais se comunicar, um não teria consciência do outro, e poderiam inclusive reagir diferentemente a um mesmo estímulo. Por exemplo, quando um paciente era questionado sobre o que ele queria ser, seu cérebro esquerdo poderia responder "projetista", mas seu cérebro direito responderia "piloto de carro de corrida".

Recentemente, a tecnologia de mapeamento cerebral tem revelado que os papéis dos hemisférios não são tão claramente separados como já se pensou. Os dois hemisférios são de fato altamente complementares. Já se acreditou, por exemplo, que o processamento da linguagem era restrito ao hemisfério esquerdo. Atualmente sabe-se que ele ocorre em ambos hemisférios, no lado esquerdo ocorre o processamento gramatical e da pronúncia, enquanto no lado direito acontece o processamento da entonação. De modo similar, experimentos mostraram que o hemisfério direito não trabalha isoladamente no que diz respeito à habilidade espacial: o hemisfério direito parece lidar com um senso geral do espaço, enquanto o hemisfério esquerdo trata dos objetos em localidades específicas.

O que permanece verdade é que o lado direito do cérebro controla do lado esquerdo do corpo e vice-versa. Isso significa que um dano no lado esquerdo do cárebro (tal como um derrame nessa região) pode causar danos no lado oposto do corpo (como uma paralisia na perna direita).

Monday, September 07, 2009

Mito #1: Você usa apenas 10% do cérebro


(Este post é a parte 2 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Fato: Você usa todo o seu cérebro.

Este mito dos 10% circula há um bom tempo. Não se sabe ao certo como esta mentira se originou, mas ela vem ganhando força ao longo do último século por meio de interpretações errôneas das descobertas da neurociência e citações jogadas tanto por cientistas quanto por pessoas comuns. A verdade é que usamos a totalidade de nossas mentes todos os dias.

Digamos, por exemplo, que enquanto você lê este artigo você está comendo um sanduíche. Conforme você lê, os lobos frontais do seu córtex cerebral estão engajados em pensar e raciocinar. Você está desfrutando de seu delicioso sanduíche graças aos lobos parietais, os quais são responsáveis pela sensação de sabor, textura e cheiro dos alimentos. Os lobos ocipitais ajudam você a processar as palavras que você vê nesta página, e os lobos tempoaris o ajudam a processar o que você escuta, como o barulho do sanduíche sendo mastigado.

Ao mesmo tempo, você acabou de piscar graças à sua área motora, e é devido ao cerebelo que você é capaz de segurar o sanduíche em uma mão bem como fazer tudo o mais que você faz que requer coordenação e movimento.

Sem ter que pensar sobre isso, você está respirando, digerindo seu sanduíche e fazendo o sangue circular graças ao tronco cerebral. Seu metabolismo e funções hormonais tais como as que controlam os níveis de água e açúcar no seu corpo estão agora mesmo sendo controlados pela sua glândula pituitária. E se você por acaso está em um ambiente frio, o hipotálamo é reponsável pelo fato de que você está tremendo um pouco.

Você vai se lembrar de ter lido isso graças ao hipocampo, cujo trabalho é transferir a memória de curto prazo para a memória de longo prazo. Ele também permite que você lembre que o ponto-chave deste exemplo elaborado é que você usa muito mais que 10% de sua mente.

Sunday, September 06, 2009

A mitologia do cérebro


(Este post é a parte 1 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Você usa apenas 10% do seu cérebro
Em uma pessoa predomina ou o cérebro esquerdo ou o direito.
Danos cerebrais são permanentes.


O que estas três afirmações têm em comum?


São mitos: lorotas nas quais muita gente acredita. Alguns mitos são baseados em fragmentos de verdade; outros surgem de interpretações errôneas ou da necessidade de uma frase de efeito. Independentemente de como surgem, eles se vendem como verdades e são passados adiante sem questionamento. Mitos com maior atratividade são aqueles que parecem ser baseados na ciência. É necessário muita coragem para desafiar a legitimidade de um mito alicerçado em linguagem científica. Mitos sobre o cérebro têm sido especialmente difíceis de combater uma vez que o cérebro e seu funcionamento ainda não são muito bem compreendidos. Mas ao longo das últimas décadas cientistas aprenderam mais que o suficiente para desmistificar alguns mitos populares sobre a mente.

"Mitos urbanos" ou mais precisamente lendas urbanas são às vezes repetidas em reportagens jornalísticas e, em anos recentes, distribuídas por e-mail. As pessoas frequentemente alegam que tais casos aconteceram a um "amigo do amigo" - tão frequentemente, de fato, que "amigo do amigo", ou "FOAF" (da sigla em inglês), têm se tornado um termo comumente usado quando recontando este tipo de história.

O fenômeno das lendas urbanas é bem conhecido em outras línguas. Na Holanda, por exemplo, uma lenda sobre carne de macaco deu origem ao termo "broodje aap verhalen", que significa "histórias de sanduíches de macaco".

Algumas lendas urbanas têm sobrevivido por um longo período, evoluindo apenas lentamente através dos anos, como no caso da história da mulher que foi morta por aranhas que fizeram ninho em seu penteado. Novas lendas tendem a refletir circunstâncias modernas, como as histórias de pessoas que caem em uma tocaia, são anesteziadas e acordam com um rim a menos, que teria sido cirurgicamente removido para transplante. Há ainda outras, como a da pessoa que tentou secar um gato em um forno microondas, e após ter matado o animal desta forma ganhou um processo na justiça porque não havia alerta no aparelho, fazendo as companhias serem obrigadas a colocar adesivos em suas máquinas sobre este tipo de perigo. Outra é a história recorrente atribui uma epidemia de doença neurológica e câncer à dieta de bebidas leves. É totalmente falsa e entretanto veio à mídia novamente em tempos recentes.

Saturday, September 05, 2009

Santa cruz das palmeirinhas!


Minha ignorância me assombra... Só HOJE descobri que os Fenícios já haviam contornado a África! Ao invés de ficarem no cantinho deles, no entorno do Mediterrâneo... Não, sairam navegando por aí, e relataram que durante parte da viagem o sol do meio dia era visto ao norte. Essa informação, à época, serviu para dar descrença ao relato, uma vez que em todo o mundo antigo o sol era visto, ao meio dia, sempre aparecendo ao sul. E é justamente este detalhe do relato que é um dos pontos fortes em favor da crença que os historiadores hoje têm nesta façanha.

Eles não tinham motores.

Não tinham GPS.

Não tinham lâmpadas elétricas.

Não tinham refrigeradores.

Mas tinham uma coragem e uma capacidade que ainda não aprendemos a apreciar devidamente...

Friday, September 04, 2009

Pobre Axolotl..... :(


Ele é exótico e muito curioso, mas infelizmente está em extinção... Matéria aqui.

Pobre Keynes...


Enquanto estudava matemática em Cambridge, Keynes desabafou para um amigo:

"Estou entristecendo o meu cérebro, destruindo o meu intelecto, azedando a minha disposição"

E olha que nem era engenharia, hein!

Thursday, September 03, 2009

Casos de família


Willaim Godwin, mergulhando em uma profunda filosofia em busca dos princípios da Justiça Política, e analisando detalhadamente as relações entre as virtudes da humanidade e a felicidade, acreditava que "o homem é aperfeiçoável ou, em outras palavras, suscetível de perpétuo aprimoramento".


Sua filha levou a idéia a sério e resolveu idealizar o primeiro passo. Irônico é que, de largada, nada de aperfeiçoar o homem a partir do que já estava à mão. Só mesmo voltando um passo atrás e fazendo um ser totalmente novo. Sim, a filha de William Godwin é ninguém menos que mary Shelley, autora de Frankenstein.

Wednesday, September 02, 2009

Caso de polícia



Policiais percorrem as ruas em patrulha de rotina. De repente, ao longe, avistam dois homens roubando um carro. Imediatamente inicia-se a perseguição. Um dos criminosos acaba escapando, mas o outro... ...o outro se transforma em um bode!

Ao menos é o que relatam os policiais envolvidos no caso, que ocorreu na Nigéria. A notícia completa pode ser vista aqui.

Atenção, criminosos, para a dica! É hora de mudarem-se para a Nigéria, levando aí alguns animais de estimação, daí a cada assalto, é só soltar alguns pelo caminho... talvez com um relógio de pulso igual ao seu, para dar mais credibilidade... que tal?

Tuesday, September 01, 2009

A cabeça de Bentham



Contraste curioso, esse dos filósofos. Geralmente, pessoas tão pouco dadas ao trabalho manual mas que, ainda assim, alteram tanta coisa no mundo! Por conta de suas mentes inquetas, impactam sociedades e eras, transformam a humanidade. Mas quantos filósofos têm o privilégio de manter suas mentes inquietas mesmo depois da própria morte? Jeremy Bentham resolveu não arriscar, e deixou instruções precisas no testamento.

Pediu que o corpo fosse preservado e colocado numa caixa denominada "Auto-icon". Sua mente, ou melhor, sua cabeça, permaneceu inquieta, não exatamente no mais filosófico dos sentidos... Deteriorada por conta do processo de presernvação empregado, a cabeça acabou caindo do corpo. Foi então substituída por uma cabeça de cera, mais apresentável. Porém a cabeça original permaneceu aos pés de Bentham, para exposição, no prédio principal da universidade de Londres. Porém inúmeras vezes a cabeça foi o alvo preferido de alunos que sumiam com ela por uns tempos. Fico imaginando se eles tinham por lá uma lista como a da caça ao tesouro da Poli...

Satisfeito com tamanha bizarrice? Não se dê por vencido... O melhor, ao meu ver, vem agora: não contentes em manter o corpo de Bentham em exposição para o público, durante as celebrações do 100º e do 150º aniversário da universidade, o corpo de Bentham foi levado para as reuniões dos dirigentes da instituição. Nos autos ele consta como "presente, mas não votante".