Thursday, December 28, 2006

VOTOS DE FELIZ ANO NOVO!

Aê criançada! Muita alegria em 2007 e após... Comam pizza, hambúrger, risoles e mandioquinhas fritas, mas lembrem de balancear com alguma coisa sem graça também. Não percam os dias de jogatina, eles são o máximo!

Beijos e abraços!!!

Reflexões aleatórias de um fim de ano conturbado

Eu sei o que eu quero. Mais que isso, eu sei o que eu sinto. Ótimo, até aqui, maravilha... Sei distinguir entre dois eus quase antagônicos... Aquele mergulhado no imediato e um outro para quem o presente não existe. Falta um pouco de habilidade na hora de apartar a briga desses dois, que são sempre sérias. Mas, em contrapartida, me divirto consideravelmente vendo a zona que eles fazem.

Fui jogar fora umas coisas velhas e achei um caderno cheio de notas. Carregava o caderno comigo e escrevia as coisas mais estranhas que me ocorriam, que eu via, que eu ouvia.

Eu vejo as pessoas em volta de mim, as vejo mais do que parece. Talvez, tudo bem, eu ignore muitas coisas, meu olhar sobre as coisas é, afinal, fundamentalmente diferente. Mas se por um lado sou cego para coisas que todo mundo vê facilmente, vejo rápido, em detalhes, coisas que poucos vêm. O que faz de mim às vezes perspicaz, às vezes louco.

Pensamentos para 2007? Preciso de mais egoísmo. Do tipo bom. Acredito cada vez mais no poder de elevação espiritual do egoísmo. Egoísmo nos olhares, nas réplicas, nas atitudes... Não confundir egoísmo com filha-da-putagem é fundamental para entender esse comentário e sua importância. Eu sei o que eu quero é foi muitas vezes a falta desse tipo saudável de egoísmo que levou a hesitações estúpidas das quais agora quase me arrependo.

Pra cantar

Sempre bom conhecer mais detalhes né...

Então vai um Curso de fisiologia vocal.

Estou procurando mais coisa que preste a respeito, com aquecimentos, exercícios e afins... Mas é meio demorado achar algo que preste, nesse tema, na net...

Jornal sobre música

Achei umas coisas interessantes e vale deixar aqui o link para o Jornal Musical.

Para achar em sebos

O título é pra não deixar dúvidas de que é obra para integrar a sua coleção "Mamãe, quero ser nerd". Trata-se do livro "Geoquímica Recreativa", escrito pelo empolgado A. E. Fersman e publicado, em 1967, pela Editôra Fulgor Limitada. Apesar da nerdice do título, o livro é muito bom e bem escrito. Para quem quiser saber mais sobre pedras (ou aerolitos), ou materiais diversos, ou simplesmente não tiver absolutamente porra nenhuma pra fazer e estiver a fim de matar o tempo, é uma boa leitura.

Músicas

Uma trilha sonora imensa, própria para deixar ligada no trabalho, com muitas músicas fantásticas para os dias em que te tiram do sério (sim, várias das músicas são bem macabras). Procure pelo trabalho de Danny Elfman, o cara que faz trilha sonora pra tudo o que é filme (bom).

PROBLEMAS EXPERIMENTAIS PARA VALIDAÇÃO DE PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL

A proposta é um experimento simples. Entrevistador e entrevistado têm diante de si uma lista com um certo número de itens. Estes itens podem ser, digamos, uma lista de cores. O entrevistador então escolhe ao acaso uma das cores, concentra-se nela, ou mesmo imagina o entrevistado envolto por uma núvem da cor escolhida, e então este deverá dizer qual é a cor imaginada. Chamemos este de experimento do tipo I. Uma outra variante do experimento diz respeito a preencher inúmeros papéis, cada um com um nome distinto de uma cor, embaralhá-los e escolher então um ao acaso. O entrevistado deve dizer qual é a cor escrita no papel escolhido e então este é virado para comprovar a validade da adivinhação. Consideremos aqui que este é o experimento do tipo II.

A hipótese que está sendo testada aqui é a de que é possível a transmissão de informação diretamente de uma mente a outra, ou talvez de um espírito a outro (assumindo aqui também a hipótese de que esta informação não estaria contida apenas em um substrato material). Entretanto, segundo algumas das explicações propostas para o caso em que tal hipótese se mostrasse correta, a realização deste experimento torna-se extremamente complexa.

Uma destas explicações que mais procura estar de acordo com o estado atual da física diz respeito à problemática do colapso da função de onda. Em resumo, a física moderna não trata de cada partícula que compõe o mundo material como se esta fosse uma bolinha de bilhar. Ao invés disso, cada partícula é descrita por uma função que nos diz qual sua probabilidade de ser encontrada em determinada região do espaço. Assim, na mecânica quântica, não faz sentido nos perguntarmos se um elétron está na posição número cinco sobre um eixo orientado, por exemplo. Faz sentido apenas nos perguntarmos qual a probabilidade de que ele esteja entre as posições quatro e meio e cinco e meio, por exemplo. A cada observação, um fenômeno diferente será observado, obedecendo estas leis de probabilidade, mas a predição exata de um dado fenômeno específico torna-se uma impossibilidade.

A partir deste que é um fato consagrado da forma pela qual a mecânica quântica descreve o mundo atualmente, e passando por inúmeros exercícios de especulação, propõe-se que o pensamento, a mente humana ou a consciência humana, chamem como quiser, teria o poder de controlar o colapso de onda e afetar as escolhas aleatórias que a natureza faz ao construir o segundo seguinte.

Esta explicação é coerente com o experimento do tipo II, em que uma cor é escolhida ao acaso dentre os papéis porém não se observa qual é a cor realmente escolhida. Portanto, até que efetivamente o papel seja virado e a cor exposta aos observadores presentes, pode-se assumir que a função de onda que descreve todo o complexo conjunto físico dos papéis não esteja ainda colapsada e esteja, portanto, aberta a este suposto controle externo.

Já o experimento do tipo I não se relaciona diretamente a esta teoria pois, uma vez pensada uma cor pelo entrevistador, esta realidade física (uma informação criada e contida no cérebro do entrevistador) é imediatamente observada por ele próprio, em sua consciência. Assim, não há função de onda não colapsada nesta história. Ainda assim, é um experimento interessante pois, desde que a aleatoriedade nas escolhas das cores seja minimamente garantida, possibilitaria verificar a transmissão de informações sem um intermédio físico concreto.

Algumas dificuldades se impõe, entretanto, para a realização de um experimento que parece simples. Segundo a própria proposta (em especial no que diz respeito ao experimento II), as atividades mentais dos participantes tem o poder de influenciar o resultado final, como por meio do controle do colapso da função de onda. ora, isso significa que o observador não é mais um simples observador, ele é também parte das causas do fenômeno observado. Nestas condições, é plenamente possível argumentar em que um experimento tenha sido fadado ao insucesso precidamente porque ao menos um dos participantes não acreditava devidamente na possibilidade de êxito.

No caso do experimento I, a dificuldade viria de algum bloqueio que o entrevistador imporia às suas transmissões mentais ao entrevistado, a um possível desejo interior de que este errasse a maioria das respostas fazendo portanto com que informação errada, ou nenhuma informação, fosse transmitida no final das contas.

Exploremos as conseqüências dessas divagações. Em primeiro lugar, tem-se então que, ao olhar clássico da ciência, não temos nenhum experimento verdadeiramente merecedor deste título em curso aqui. Isso porque, para que algo possa ser considerado um experimento, ele deve se referir diretamente a alguma hipótese testável e diretamente relacionada aos seus resultados. Caso, porém, estes resultados dependam de condições incontroláveis no experimento, ou caso um mesmo resultado admita diferentes explicações (por exemplo, uma distribuição puramente estatística no resultado das adivinhações pode ser interpretada tanto como inexistência da transmissão telepática de informações como simples bloqueio mental oriundo do entrevistador ou mesmo incapacidade do entrevistado, não resolvendo o problema de decidir sobre a própria existência das transmissões telepáticas). Neste sentido, deve-se buscar imaginar que tipo de experimento seria capaz de dar conta destas limitações.

Em segundo lugar, abre-se o problema filosófico, que pode ter desdobramentos práticos na forma em que a mecânica quântica é conduzida em laboratório, de como a ciência deve armar seu arsenal experimental para os casos em que o observador, invariavelmente, tem participação no fenômeno.

A busca da relação direta com o mundo material parece ser sempre a saída mais segura. Supondo casos de 90% ou mesmo 100% de sucesso no caso do experimento I, teríamos como concorrentes as hipóteses de que a telepatia realmente funcionou e também a hipótese de que, simplesmente, o entrevistador está mentindo ou foi condicionado a pensar que o experimento funcionou por alguma peça que sua mente pregou em si própria.

Já no caso do experimetno II, com o papel escolhido disposto separadamente sobre a mesa para a observação de quantos quiserem observar os resultados, poderia ser sempre inconclusivo para provar a inexistência da telepatia nos casos de insucesso, devido a concorrência com explicações que apelam ao bloqueio mental por parte do entrevistador, porém forneceriam entusiasmantes argumentos em favor da existência da telepatia caso realmente os resultados desviassem sensivelmente das previsões estatísticas. A conclusão aqui é a de que este tipo de experimento, embora fosse capaz de provar a existência da telepatia, não seria capaz de provar sua inexistência caso seja este o fato. Assim, imaginando um mundo em que por séculos e séculos diversos cientistas se reúnem para desenvolver variantes deste processo, sem obtenção de sucesso, o que deveria ser admitido como resultado?

Fica em aberta a hipótese de fenômenos que se manifestam para os que acreditam. Supondo que não se trate de um caso de loucura, mas que realmente exista algo assim na natureza, algo que não se manifesta de forma uniforme a todos os seres mas que está, antes, condicionada pelo estado do sujeito, o que acontece com a ciência? Afinal, um dos pilares fundamentais da ciência, se não o principal absoluto, é a hipótese de que existem um conjunto homogêneo de leis por todo o universo, que regem de forma homogênea o comportamento de toda e qualquer partícula. Mas se algum ser consegue influenciar o colapso da função de onda, então para este indivíduo a distribuição de probabilidades do fenômeno final foi alterada. O que significa não só que a função de onda colapsou, mas que colapsou de forma controlada e que, portanto, implicaria em uma alteração mesmo de suas probabilidades, ao menos em termos empíricos (uma moeda tem 50% de chance de apresentar cada resultado, cara ou coroa. Porém se a experiência mostrasse uma moeda que, em mil lançamentos, apresentou novecentos resultados cara contra apenas cem resultados coroa, embora os cálculos teóricos implicassem em 50% de chance para a moeda, seríamos forçados a admitir que alguma coisa, mesmo que desconhecida, alterou a distribuição de probabilidades original). Esta observação final pode ser considerada como externa ao texto, pois é um arumento em contrário à explicação da telepatia pelo colapso de onda como algo coerente com a mecânica quântica atual.

Menos noites frias

Sim sim, é mais uma reportagem sobre aquecimento global. Clique aqui para ver a reportagem. Em breve vai se tornar viável abrir um caderno só sobre o assunto nos jornais. Você compra o jornal e escolhe o que quer ler... O caderno principal, o caderno economia, mundo, carros ou aquecimento global. Assim fica mais prático.

Nessa última notícia, o que me chamou a atenção foi a seguinte informação:

"O número de noites muito frias diminuiu 76% e o de noites quentes aumentou cerca de 72%."

Isso afeta profundamente nosso modo de viver. Noites frias são definitivamente melhores que noites quentes. O mundo vai ficar, antes de inabitável, extremamente apático.

Já há algumas semanas tem sido comum eu dormir de janela aberta e sem camiseta, coisa que nunca havia sido meu costume. Gosto de dormir, em geral, com mais cobertores que o necessário.

Saturday, December 23, 2006

Vida moderna...

Achei no New York Times uma reportagem que eu achei que nem fosse ler... Mas, no meio da inutilidade da manhã, por que não né?! "Perguntas que casais deveriam fazer antes de casar". Uma listinha com quinze perguntas, todas supostamente muito importantes para o sucesso da futura família.

Havia lá no meio questões sempre delicadas e importantes, que traduzem uma profunda necessidade de intimidade e conhecimento mútuo no casal. Já discutimos nossas expectativas sobre ter filhos e, em caso de os querer, como dividiríamos as responsabilidades? Podemos discutir abertamente nossos anseios sexuais, nossas preferências e nossos medos?

E, no meio dessas questões todas, hierarquizada como tão fundamental como todas as outras, a sintomática pergunta:

Vai haver uma TV no quarto?

E fico aqui me perguntando quantos casais teriam falhado, primordialmente, por um descompasso especificamente em torno desta última questão, de uns tempos pra cá...

Wednesday, December 20, 2006

Educação e os professores

http://www.estadao.com.br/educacao/noticias/2006/dez/19/376.htm

Eu ia comentar. Mas tô sem dormir e são 4 da manhã. Não sei se consigo comentários úteis nessas condições, então prefiro ficar quieto.

Sunday, December 17, 2006

Buzinas Desintegradoras

Alguma vez você já esteve num trânsito completamente caótico e parado, onde mal e mal sobra espaço para as motos ensandecidas aventurarem-se por entre retrovisores a não mais que trinta quilômetros por hora (embora um ou outro Chuck Norris dos guidões consiga fazê-lo a sessenta enquanto concentra-se pacientemente em sua palavra cruzada sobre o tanque de gasolina...), e ouviu então aquele som inconfundível de um buzinasso ensandecido?

Pois bem, se achava que essa buzina significava "sai da frente" e não via o menor sentido nisso pois não havia absolutamente a menor possibilidade de alguém se mexer, saiba que não é nada disso.

O Blog do Axel, que irá concorrer ao prêmio de Melhor Blog de Informações Públicas Aeatórias assim que o prêmio for criado, esclarece o fenômeno aqui em primeira mão.

Tratam-se das buzinas desintegradoras. Sim, isso mesmo. Você aperta a buzina, e um som infernal e perfeitamente sintonizado para ressoar com a estrutura molecular do veículo adiante o desintegra, e então você pode avançar mais um espaço e repetir o processo. Mas, é claro, você nunca viu nenhum carro desintegrando porque moramos em um território de terceiro mundo, onde as únicas coisas globais que realmente funcionam são o aquecimento global, o analfabetismo, as novelas e a sempre saudável máfia asiática do que quer que seja.

Aliás, a DHT Inc® (Desintegrating-Horn Technologies) tem registrado um recorde de reclamações sobre o produto. Porém, como segundo os acordos internacionais as empresas estrangeiras não são obrigadas a oferecer um serviço de qualidade superior a aquele previamente existente no país, o departamento de Telemarketing da DHT não passa nenhuma das reclamações adiantes e ainda presenteia-nos com versões eletrônicas estragadas e monocromáticas de grandes clássicos da música. Aliás,
  • telemarketing
  • é feito para mesmo para enlouquecer.

    Bom, fica a dica desse mercado inexplorado: caso você descubra como concertar as buzinas desintegradoras importadas presentes em nosso trânsito, pode até pensar em algum lobby junto aos órgãos públicos para obrigar o concerto do equipamento durante o licenciamento dos veículos, não só monopolizando o mercado mas obrigando democraticamente que todos pagem pelo serviço.

    Correr

    É difícil de explicar. Mas correr, andar por aí, ir longe a pé ou de bicicleta... São coisas de que preciso. Sinto muita falta disso quando nos períodos mais chatos a faculdade engole meu tempo e impede que isso aconteça, e me sinto muito bem quando finalmente consigo colocar a prática em dia. Revigorado.

    Há muitos comentários possíveis sobre os benefícios físicos do exercício, embora haja um bom número de razões contrária a essa prática em uma cidade poluída como São Paulo, próximo a rodovidas, etc... Mas isso compõe apenas parte da brincadeira.

    São as cenas. É incrível como o cenário muda quando você vai a pé. Parece que ele explode em detalhes. As casas ganham profundidade, detalhes nos jardins... Há tempo para comprimentar as pessoas com um breve sorriso quando olhares eventualmente se cruzam... Não é só uma questão de velocidade, pois mesmo andando devagar de carro, duvido que a experiência se reproduza nesta condição.

    E quanto aos lugares onde normalmente passamos apenas de carro, quando finalmente os atingimos a pé, muda algo no sentimento que temos com relação ao espaço ao nosso redor.

    Passo por bairros não muito apresentáveis, próximo a uma esquina dois vizinhos conversam sobre a insegurança da região. Vou seguindo pelas vielas, travessinhas... Ninguém nas ruas perigosas. Como diria um amigo meu, "aqui não tem nenhum assaltante não, eles não saem na rua com medo de serem roubados!". Crime mesmo é que as pessoas fiquem em suas casas sempre ou só saiam se puderem de algum modo continuar fechadas num certo espaço. É isso. Carro é isolamento sobre rodas, e a maior humilhação daqueles que dependem dos ônibus não é em si o desconforto da lotação, mas a privação deste espaço particular em que o contato com os outros é licitamente revogado. Crentes de que a modernidade de algum modo lhes diz respeito também, essas pessoas não se intimidam com as limitações da condição e criam o isolamento dos corpos colados.

    Será que correr de tudo isso é só meu isolamento? Que meu sentimento de que ver tantos desses lugares diferentes e sentir a conexão entre esses ambientes ao mesmo tempo contíguos e distantes é apenas minha mentira pessoal para legitimar meu tipo de isolamento preferido?

    Não é uma pergunta fácil, mas creio que gastar muito tempo investigando aqui uma resposta seria um sintoma de que a verdade pende para o lado que me desagrada. Vou ficando por aqui então, e talvez vá correr mais um pouco hoje.

    Thursday, December 14, 2006

    No semáforo

    [Entre o motorista, que vai baixando o vidro da janela, e o pedinte que se aproxima mostrando um papel protegido por um plástico velho]

    - Opa! Será que o senhor não poderia me arrumar um trocado? É que eu sou ex-presidiário e estou precisando inteirar minha passagem pra Cuiabá.

    - Cuiabá?! Nossa!

    - É, bem longe!

    - Mas, por que você foi perso?

    - Tráfico, mas tô nessa mais não...

    [O motorista abaixa-se e vai procurando algum dinheiro em sua carteira, até encontrar uma moeda de um real]

    - Tó, toma aqui!

    - Deus lhe abençoe, muito obrigado mesmo viu!

    - Opa, tamo aí!

    [O semáforo se abre e então segue-se a conversa entre o motorista e o passageiro]

    - O que ele falou que fez?

    - Era traficante, foi preso.

    - Nossa! E você deu um real pra ele?

    - Dei! Não viu ele falando que ia pra Cuiabá?

    - E aí?

    - Que saia da cidade né, se eu tivesse mais dinheiro na hora, dava mais!

    Mais um grande mamífero extinto

    A notícia é do Estadão, em http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/dez/13/226.htm.

    Wednesday, December 13, 2006

    Ciência avançada

    http://www.estadao.com.br/educacao/noticias/2006/dez/13/289.htm
    A manchete é: "Olimpíada de Ciências termina em fiasco no Brasil".

    Fiasco? A catástrofe organizacional desta Olimpíada de Ciência é a aula que todos os futuros cientistas e pensadores precisam. O conhecimento introjetado de que, a parte tudo o que se conheça e domine, o realizar das coisas passa e continuará passando pela disposição irracional da sociedade circundante. É essa irracionalidade que deve ser dominada. Dominar pedras, pêndulos, elétrons ou ondas é até que fácil. Quero ver controlar pessoas.

    Tuesday, December 12, 2006

    Modus Operandi

    Qualquer um que se disponha a ler um livro chamado "Geoquímica Recreativa" deve estar preparado para coisas inusitadas. Por hora me detenho na seguinte frase, que aparece logo nas primeiras páginas:

    "Não se pode esquecer que, na história da ciência, os métodos novos têm mais importância do que as novas teorias."

    A frase é, no mínimo, chocante à primeira vista. Mas há por trás dela uma inquietante verdade.

    Sunday, December 10, 2006

    Talk Show

    - Nossa, que coisa . . . Por que é que eu não me apaixonei por você, hein?

    - Porque você é meio burra, convenhamos . . .

    Esclarecimento importante

    - Cara, lá é um lugar tão chique que o prato custa uns cem reais, só pra você ter uma idéia.

    - Nossa!

    - É! E com comida em cima é ainda mais caro!

    Hot news!

    O aquecimento global está aí. É tão concreto como a corrupção no governo brasileiro, a ineficiência das dietas do tipo "faça você mesmo" e a tosquice das propagandas que terminam com um sempre fantástico "ligue agora e receba inteiramente grátis esse brinde super inútil!". O aquecimento global é até mais concreto e mais perturbador que a depressão psicológica provocada por exposições continuadas a programas como A Praça É Nossa ou Zorra Total. Mas, diferentemente de todos esses exemplos, é algo que não afeta apenas os seres aprisionados a um determinado estilo de vida humana. Conseguimos, finalmente, desenvolver algo que envolve, sem distinção, todos os humanos, não importando de que lado da ciranda capitalista estejam brincando. Não importando idade, sexo ou falta dele, time preferido ou mania peculiar para uma manhã de domingo. Aliás, verdade seja dita, não importa nem se você é humano ou não. Tanto faz se você é um animal, uma ave, um fungo, uma rocha ou um mega blogo de gelo boiando por aí. Sua cota no aquecimento global está garantida. É um grande triunfo da humanidade, creio. Temos que nos orgulhar do aquecimento global, e deveria existir um dia dedicado a ele; ONG's deveriam desde já ser criadas para preservar, em detalhes, a memória deste mais magnífico feito de todos. O aquecimento global é, afinal, a primeira criação realmente democrática já alcançada pela humanidade. É o primeiro item produzido pelo mundo ocidental a se tornar, no mais belo dos sentidos, um produto genuinamente global. Os críticos menos otimistas poderiam contrapor algum caráter ditatorial nessa democratização, afinal para os sapinhos úmidos das montanhas do Panamá, assim como para vários outros seres que não estavam muito nem aí, nenhuma opinião foi pedida e nenhum direito de rejeição oferecido. Mas é assim o curso da humanidade: inventamos as coisas, e numa primeira rodada sua aplicação é meio desastrosa, desengonçada, atribulada. Depois é que vamos aprendendo a fazer direito. É claro que o aquecimento global ainda tem muito por evoluir, mas se em décadas recentes carecíamos do surgimento de um novo mito humano (com avião, espaçonave, computador e laser, televisão, videogame e comida delivery todos já inventados e dominados, o que forneceria um novo horizonte?), é hora de comemorarmos a conquista do mundo. Essa casa é nossa e a estamos deixando um lugar mais quentinho. Aconchegante, não?

    Notícias recentes sobre o maior Holo....... (holocausto envolve só humanos)..... notícias recentes sobre esse grande Biocausto:

    Calor no outono ameaça deixar a Europa sem neve no inverno
    http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/dez/08/284.htm

    Vast African Lake Levels Dropping Fast
    http://www.nytimes.com/aponline/world/AP-Warmer-World-African-Lakes.html?_r=1&oref=slogin

    Geleiras na China diminuem 7% ao ano
    http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/mai/02/165.htm

    Aquecimento global enfraquece ventos no Pacífico
    http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/mai/03/145.htm

    Corais do Caribe sofrem devastação recorde
    http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/mar/31/194.htm

    Aquecimento global ameaça a Ilha de Marajó
    http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/abr/11/147.htm

    Study on Phytoplankton
    http://www.nytimes.com/2006/12/07/science/07brfs-WARM.html

    Global Warming Unstoppable for 100 Years, Study Says
    http://news.nationalgeographic.com/news/2005/03/0317_050317_warming.html

    Um livro recomendado para reflexões sobre o futuro dessa merda toda:
    "O Fim da Evolução"
    de Peter Ward

    Holocausto

    Há um texto, se não me engano de Theodor Adorno, chamado "Educação após Auschwitz". É, salvo pela devida ordenação cronológica das autorias, uma ótima resposta à polêmica levantada pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. A reportagem de interesse está no link abaixo (espero!):

    http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2006/dez/09/48.htm

    Monday, December 04, 2006

    PT-NYJ

    Check pré-vôo. Seis litros e meio de óleo, o mínimo indicado para um Tupi. Completamos com mais um litro. Cabine preparada, cintos passados. Fonia. Tudo em ordem com a fonia. Chamar o solo Marte. Aguardar autorização para táxi. Cabeceira 30. "Operamos sem flape aqui". Tudo bem, sem flape então. Segura no freio, potência máxima, observa indicações.... Libera freio... Na corrida vou me re-familiarizando com o controle direcional. Cinquenta e cinco nós, leve alívio no manche. Sessenta e cinco, tira do chão com suavidade, e um pedalzinho para corrigir o vento e manter o eixo. As casas à frente vão se aproximando mais do que eu gostaria. "Tá, pode dar um dentinho de flape...", não era só eu incomodado com aquela subida. Aproamos a posição "pedágio", e ao cruzar seu través comunicamos ao controle nossa intenção de prosseguir para toque e arremetida. O pouso foi bom, apesar de eu ter deixado o "yankee jouliet" pular um pouco e subir pelo menos um metro e meio novamente. O importante é que briguei contra meu próprio erro e corrigi o pouso sem maiores problemas e sem a intervenção do instrutor. Potência a pleno, flapes recolhidos, observando a velocidade indicada até retomar os sessenta e cinco nós... No ar novamente. O pouso de volta em Marte foi um tanto quanto melhor. Devido a um Seneca um tanto quanto perdido e a um Citation II que vinha chegando sei lá eu de onde, mas bem rápido, fomos solicitados pela torre a fazer uma aproximação mais rápida. Pouco depois de cruzar o través da trinta, motor cortado, e aproximação no planeio mesmo, observando a velocidade. Vou buscando o alinhamento na final, um pequeno motorzinho na curta final (sabia que poderíamos ter atrasado um pouco os flapes...), e dessa vez um arredondamento mais tranquilo, deixando flutuar até que o avião mesmo resolvesse pousar, sem a mesma briga de Jundiaí. Depois de três anos longe do Paulistinha, uma coisa é certa... Escolher fazer a fase inicial do curso no P-56 foi a melhor das escolhas, afinal o que me sobrou de pé e mão atrofiados depois de todo esse tempo ainda foi mais que o suficiente para cuidar bem do Tupi nessa retomada relâmpago.

    Sunday, December 03, 2006

    Ponderações alheias

    "O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel." (Jerome Lawrence)

    "É bom saber que se eu for suficientemente estranho a sociedade vai me aceitar e tomar conta de mim." (Ashleigh Brilliant)

    "O homem de bom senso jamais comete uma loucura de pouca importância." (Goethe)

    "O louco quando dá conta de seu desequilíbrio, fica absolutamente bom." (Autor desconhecido)

    "O que me faz rir não é a nossa loucura, é a nossa sabedoria." (Michel de Montaigne)

    "Por que será que, quando falamos com Deus, dizem que estamos rezando, e quando Deus fala conosco dizem que somos esquizofrênicos?" (Autor desconhecido)

    "Ira brevis insania"

    "Libri quosdam ad scientiam, quosdam ad insaniam deduxere."

    Cartesianalisando

    Daí dividimos as origens dos problemas em duas linhagens principais, com a conveniência de que elas podem ser interpretadas tanto de uma perspectiva física (e, portanto, econômica) como de um ponto de vista mais sociológico ou até psicológico:

    - a síndrome da transferência de responsabilidade

    - a crise da alocação de recursos

    Saturday, December 02, 2006

    Metaphisics

    And then we have all become so blind that we no longer believe in walls.