Friday, October 27, 2006

Segunda lei da termodinâmica - for dummies

Na natureza, toda gostosa um dia irá necessariamente se tornar uma baranga, mas nunca nenhuma baranga poderá tornar-se uma gostosa.

Monday, October 23, 2006

Bons livros (de vários assuntos)

Vamos lá, com calma...

  • Sobre guerras e operações de guerra. Qualquer livro de Tom Clancy. Há os de ficção e os de não-ficção. Descrição de como é fazer parte da força aérea, da marinha, de como é estar em um porta-aviões... Narrativa de operações na Guerra do Golfo... Muito completo, a obra desse tal de Clancy é bem extensa.
  • Se o assunto for engenharia de controle... então esqueça o Ogata. Vá atrás do "Engenharia de Sistemas de Controle"de Norman S. Nise. Bem melhor, bem melhor mesmo! Não sei porque continuam usando o Ogata nos cursos de engenharia...
  • Ainda em engenharia, se estivermos falando de elementos finitos, então há duas excelentes opções em português e de autores brasileiros. Método dos Elementos Finitos - Primeiros Passos, que Aloísio Ernesto Assan lançou pela editora Unicamp, e Introdução ao Método dos Elementos Finitos, de Antônio da Silva Castro Sobrinho, que sai pela Editora Ciência Moderna.
  • Sem deixar as exatas totalmente de lado, mas partindo para um assunto totalmente abrangente também no meio das biológicas e também das humanas (até das exotéricas se apelarmos um pouco, mas deixemos esse campo de lado), vai aqui a dica do meu último grande achado: Chance, Luck and Statistics, de Horace C. Levinson, pela editora Dover. Não, não é um livro de estatísticas como esses cheios de fórmulas, números, exercícios... É um livro cheio de histórias, explicações... Não é feito pra você enganar seu professor fingindo que sabe estatística, é feito pra você realmente aprender estatística, e não precisamos nos desesperar com um monte de calculeira pra isso...
  • Finalmente, pensei em sugerir algum do Paulo Coelho, só pra não perder a piada. Mas considerando nos detalhes, não estou assim tão de bom humor. Até a próxima.

Thursday, October 19, 2006

Suzi

Certas coisas acontecem com pessoas ao nosso redor e nos lembram dos fatos que nós mesmos vivemos, em outra época, outras circunstâncias, mas ainda assim similares. Tive a Suzi ao meu lado nos anos mais importantes da minha vida até agora. Na época que moldou o que sou no que há de melhor em mim. Não era uma companhia como a das pessoas que preenchem nossas vidas mas sempre com muitos detalhes e detalhes e detalhes... Nem como a companhia de um "simples bicho de estimação". Era uma companhia sempre presente, viva, humana, mas ao mesmo tempo pura. Quase tão simples e sincera em suas intenções e reações como as coisas. E nem por isso menos viva.

Eu falava com ela. Já estranhei os donos que falavam isso de seus animais, por isso nem vou me atrever a explicar. Mas sim, eu falava com ela. Minha tia vivia tentando colocar a Suzi pra fora de casa e ela vivia se escondendo, relutando, tentando entrar escondida e efetivamente entrando sorrateiramente de algum jeito. Sabia reconhecer o som dos passos da minha tia e prontamente saia do campo de visão entrando debaixo da cama, atrás do sofá, atrás de alguém confiável. E no entando... Quando eu ficava na sala vendo TV madrugada adentro ela ficava sentada ao meu lado, por vezes com o focinho apoiado em minha perna. Finalmente chegava a hora de ir dormir. E onde estava aquela Suzi tão pronta a fugir da porta do quintal e se esconder em qualquer canto? Era outra. Era a Suzi que conversava comigo, que sabia que chegara a hora de dormir. Ela ia sozinha até a porta do quintal e ficava esperando que eu abrisse.

Os passeios pela rua, ou as poucas viagens que consegui fazer com ela... A felicidade dela quando eu voltava de alguma viagem, ficava muito tempo longe... Aprendi muito com a Suzi sobre a forma mais pura de afeto que pode existir.

Agora a Suzi está longe. Mas a Suzi vai estar sempre bem perto.

Monday, October 16, 2006

Palestras

O dia não começou de forma lá muito regular. Fui para uma reunião já marcada há dias. Esperei. Esperei. Oito da manhã, conforme combinado. Nada. Esperei, esperei. Oito e meia. Nada ainda. Fora cancelada. Tudo bem, vou para a Poli depois de ter perdido a primeira aula em troco de uma reunião que não aconteceu. Vejo cartazes de palestras referentes ao centenário dos aviões brasileiros. Presença prevista de personalidades como um especialista em túneis de vento, um entusiasta da história dos aviões brasileiros e nada mais nada menos que Marcos Pontes, o astronauta brasileiro (o primeiro!).

Muitos são os destaques que mereceriam menção aqui, mas não farei justiça a todos. Então, para não ser injusto com esse ou aquele, serei injusto com todos exceto um: o astronauta brasileiro. Marcos Pontes é, antes de tudo, uma personalidade carismática. Tudo bem que muitos colocariam aqui, em primeiro lugar, a capacitação técnica e o profissionalismo que avolumam seu histórico profissional. Mas bastam alguns minutos iniciais de palestra, e mesmo o "olá" inicial para os mais atentos, para que se evidencie que o carisma é o grande propulsor desta personalidade que se lançou do Brasil ao mundo e conquistou o espaço.

Sunday, October 08, 2006

Summercrime

De uns tempos para cá eu já não confio muito nas frases bonitas que penso. E quando uma boa deixa aparece para uma avaliação mais profunda, concluo é que não confio nem um pouco. Tanto é que não arrisco escrevê-las nem mais em algum caderno escondido que fique jogado em algum canto para ninguém ver. Escrevo em lugar nenhum. Espero que elas sumam logo. De conclusões certas e confiáveis sei só que me falta egoísmo e frieza. Querer para mim antes de querer para os outros e capacidade de ignorar certas percepções que se impõe como se estivessem sob o único holofote do universo. Não quero desenvolver essas qualidades a extremos que me transformariam nas pessoas que mais odiei até hoje. Mas começo a achar que preciso de um pouco. Se o melhor de mim é o que mais me corrói, não posso continuar achando que é o melhor, ainda que todos os outros achem. Que se fodam os artistas mais altos e suas idéias seculares. Que se fodam as pessoas alegres e seus sorrisos, ou as tristes e suas tristezas. Não incomodo as pessoas com meus assuntos desconhecidos. Espero em breve não me incomodar mais também com meus assuntos desconhecidos. Não sei porque poupar os outros mais que a mim mesmo. O dia vai acabar de novo e meu quarto vai continuar bagunçado. Isso deveria soar importante. Não arrumei tempo para fazer um curso de bateria, e as batidas não têm evoluído muito de uns dois anos para cá. Isso deveria soar meio triste. Quero ter vontade de ouvir Summertime gritando junto pra ver se fico mais rouco que a Janis, e de ficar bêbado já antes de ouvir a música inteira pela primeira vez. Depois eu vou para o meu quarto escolher, dentre todos que tenho, o pertence que mais amo. E vou queimá-lo, tentando sentir no cheiro da fumaça alguma impressão de que às vezes posso ser maior que meus amores. Caio na cama e acordo dia seguinte de ressaca, triste pelo pertence que virou fumaça. É um plano. É uma história.

Tuesday, October 03, 2006

Atribuições

"Faça o que você estiver mais a fim de fazer, é isso o que eu quero que você faça."

Não é que funciona?!

Sunday, October 01, 2006

Intimidade indecente

Nos meios dos palavrões iniciais, das menções diretas ao sexo e os mecanismos que o viabilizam, sempre nos termos mais apropriados, indecente mesmo nesta peça é a perspectiva de uma vida inteira em que os amores se repelem.