Saturday, August 30, 2008

Finados com estilo


Sua vozinha querida morreu? O coração do papai não aguentou e ele empacotou? Está morrendo de medo de virar aquela sua tia chata que ia sempre no cemitério fazer uma visitinha ao túmulo da família? Bem, o que posso dizer? Seus problemas acabaram!

Ao invés de enterrar o familiar, se preocupar com o túmulo e tudo o mais, junte aí uns 7.500 dólares, queime o morto e deixe que a Algordanza se encarregue de transformar as cinzas num lindo... diamante! Não é uma maravilha?

Eu nem imagino onde isso pode ir parar... No futuro, museus podem exibir coleções de jóias que na verdade são a árvore genealógica de famílias inteiras...

Numa eventual crise financeira, você poderá penhorar aquele seu tio pão duro pra conseguir, finalmente, um troquinho.

Poderá finalmente levar sua vó a passeios que ela jamais iria porque estava meio fraquinha nos últimos dias de vida. Afinal, agora ela é mais forte que o aço!

E... e quanto a usar essas jóias de presente, hein?

- Amor, que anel lindo!!! É um diamante mesmo?

- Não, é minha vó. Gostou?

Friday, August 29, 2008

Ah, que divertido!

Wednesday, August 27, 2008

As maravilhas da pseudociência



A lp não pode ser, por conseguinte, um subcódigo. Ela é o código infinito ordenado, um sistema complementar de códigos do qual podemos isolar (por abstração operatória e à guisa de demonstração de um teorema) uma linguagem usual, uma metalinguagem científica e todos os sistemas artificiais de signos - que, todos eles, são apenas subconjuntos desse infinito, exteriorizando as regras de sua ordem sobre um espaço restrito (sua potência é mínima em relação à da lp que lhes é sobreposta).

A pérola acima é de Julia Kristeva (a lindeza da foto acima). E o melhor comentário, de Michel de Pracontal: "O parágrafo não quer dizer estritamente nada, o que evita ser errado."

Tuesday, August 26, 2008

... dos esforços a que se dão os professores...


Groucho ainda não tinha saído da infância e já era o professor de seus irmãos; e ainda não era muito forte em ortografia, e já conseguia abordar a geografia de maneira original.

Quando ele perguntou a Harpo qual era a forma da Terra, Harpo (que ainda não se tinha dedicado exclusivamente à pantomima) respondeu-lhe com candura que não sabia. Diante disso, Groucho tentou sugerir-lhe a resposta: "Vejamos", perguntou ele, "qual é a forma das minhas abotoaduras de camisa?

- Quadrada, disse Harpo.

- Eu quero dizer as abotoaduras de camisa que eu uso aos domingos, não as de todo dia. Hein? Então, qual é a forma da Terra?

- Redonda aos domingos, quadrada nos dias de semana", respondeu Harpo que, pouco tempo depois, se dedicava profissionalmente ao silêncio.

retirado de: Correspondence de Groucho Marx, Paris: Champs Libre, 1971

Monday, August 11, 2008

Meio sumido


Sim sim, faz um tempo já que não escrevo. Mas não é só longe do computador que tenho estado. É longe da cidade. Do estado. Da terra firme...

Entre um trabalho e outro, medindo potência, consumo de combustível, velocidade e comportamento no mar de um grande navio porta-contêineres, há tempo para ver o mar.

Há tempo para ver o mar de dia, com um horizonte sem fim, gaivotas se paroximando para pescar em volta do navio. Baleias nadando felizes na beleza das águas de Abrolhos. O azul estonteante das águas ultra-profundas.

Há tempo para ver o mar de noite. Com uma escuridão funda inquestionável e estrelas mais que no planetário. E curtir o vento vindo do nada na calma meditativa que é a proa do navio, longe do barulho do motor e das máquinas que estão bem longe, centenas de metros lá para trás, na popa do navio gigante. Só o barulho da água, do vento, as estrelas infinitas...

Depois de meditar tanto, se não se acha mais o que fazer, sempre é possível divertir-se um pouco anarquizando tudo fechando válvulas aleatóriamente só pra ver o que acontece...