Thursday, December 28, 2006

Reflexões aleatórias de um fim de ano conturbado

Eu sei o que eu quero. Mais que isso, eu sei o que eu sinto. Ótimo, até aqui, maravilha... Sei distinguir entre dois eus quase antagônicos... Aquele mergulhado no imediato e um outro para quem o presente não existe. Falta um pouco de habilidade na hora de apartar a briga desses dois, que são sempre sérias. Mas, em contrapartida, me divirto consideravelmente vendo a zona que eles fazem.

Fui jogar fora umas coisas velhas e achei um caderno cheio de notas. Carregava o caderno comigo e escrevia as coisas mais estranhas que me ocorriam, que eu via, que eu ouvia.

Eu vejo as pessoas em volta de mim, as vejo mais do que parece. Talvez, tudo bem, eu ignore muitas coisas, meu olhar sobre as coisas é, afinal, fundamentalmente diferente. Mas se por um lado sou cego para coisas que todo mundo vê facilmente, vejo rápido, em detalhes, coisas que poucos vêm. O que faz de mim às vezes perspicaz, às vezes louco.

Pensamentos para 2007? Preciso de mais egoísmo. Do tipo bom. Acredito cada vez mais no poder de elevação espiritual do egoísmo. Egoísmo nos olhares, nas réplicas, nas atitudes... Não confundir egoísmo com filha-da-putagem é fundamental para entender esse comentário e sua importância. Eu sei o que eu quero é foi muitas vezes a falta desse tipo saudável de egoísmo que levou a hesitações estúpidas das quais agora quase me arrependo.

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