Monday, August 11, 2008

Meio sumido


Sim sim, faz um tempo já que não escrevo. Mas não é só longe do computador que tenho estado. É longe da cidade. Do estado. Da terra firme...

Entre um trabalho e outro, medindo potência, consumo de combustível, velocidade e comportamento no mar de um grande navio porta-contêineres, há tempo para ver o mar.

Há tempo para ver o mar de dia, com um horizonte sem fim, gaivotas se paroximando para pescar em volta do navio. Baleias nadando felizes na beleza das águas de Abrolhos. O azul estonteante das águas ultra-profundas.

Há tempo para ver o mar de noite. Com uma escuridão funda inquestionável e estrelas mais que no planetário. E curtir o vento vindo do nada na calma meditativa que é a proa do navio, longe do barulho do motor e das máquinas que estão bem longe, centenas de metros lá para trás, na popa do navio gigante. Só o barulho da água, do vento, as estrelas infinitas...

Depois de meditar tanto, se não se acha mais o que fazer, sempre é possível divertir-se um pouco anarquizando tudo fechando válvulas aleatóriamente só pra ver o que acontece...

1 comment:

Marcos Caldo said...

Fifteen men on a dead man’s chest—
Yo-ho-ho, and a bottle of rum!
Drink and the devil had done for the rest—
Yo-ho-ho, and a bottle of rum!
—Robert Louis Stevenson, Treasure Island

Yo-ho!