Monday, December 28, 2009

Pensamentos retrógrados

Tem muita gente por aí que acredita em baboseiras. Criacionistas, como o turco Adnan Oktar (ver mais aqui), religiosos das mais diversas espécies e pseudocientistas em geral. Podem acreditar nas idiotices que for, eu não ligo. O que me incomoda profundamente é a incrível pró-atividade dessa gente em difundir asneiras mundo afora. Dizer que não há evidências da evolução humana. Que todo produto químico é deplorável. Defender que vacinas são perigosíssimas e que é melhor não submeter seu filho a esse risco. Acreditar que as pessoas tem seu perfil psicológico influenciado pela astrologia. Acreditar que um embleminha qualquer colocado num canto estratégico da casa vai mudar o fluxo cósmico de energia naquela região e te tornar uma pessoa melhor.

Não tenho nenhum sentimento revoltado com as pessoas que acreditam nisso tudo, são os destinatários finais de grandes estruturas de deturpação da verdade e vítimas de todas as fraquezas institucionais da sociedade moderna - fraquezas educacionais, democráticas e outras. Sim, pois ao mesmo tempo que democracia pressupõe liberdades amplas, o que significa poder acreditar no que quiser, imagino que uma democracia realmente saudável deveria efetivamente funcionar, não apenas permitindo que os cidadãos acreditem no que quiser, mas criando estruturas que espontaneamente orientem a maior parte dessas crenças a algo mais verdadeiro. O que me incomoda são os promotores de todo esse mar de mentira. Bispos, pseudo-cientistas, o papa, os rabinos, os astrólogos, tarólogos, ufólogos... Talvez eu não me incomode tanto com os tarólogos, pois eles vivem numa esfera claramente separada da ciência, não compram a briga de concorrer com ela. É algo mais genuinamente folclórico.

Ou estou puxando a sardinha pro meu lado demais? Não é, por fim, saudável que surjam nas sociedades núcleos com as mais diversas crenças? Não é o equivalente macro-social de um brainstorming honesto que todo pensador deveria fazer diante da realidade? Não é isso, por mais irracionais que sejam suas ramificações, que garante à sociedade como um todo uma racionalidade saudável?

Pra início de conversa, como podem essas crendices existir? O que as sustenta? Por que uma pessoa prefere acreditar que a vida surgiu do nada? Por que a impressão de que um mundo sem deus é obrigatoriamente frio, egoísta e ruim? Por que acreditar em uma estrutura claramente falha para o mundo ao nosso redor ainda é mais cativante do que entender que certas coisas não são tão estruturadas?

Esses idiotas todos no fundo são pessoas como todas as outras. Como eu, aqui idiota achando que sei mais que os outros.

Saturday, December 26, 2009

Lar

Wednesday, December 23, 2009

Elogio

- Ádri, você canta muito bem, surpreendentemente!

Obrigado Ári, obrigado!

Tuesday, December 22, 2009

Torneio musical

Mais uma prova irrefutável de que o Japão não tem a menor chance de conquistar o mundo:

Friday, December 18, 2009

Ligação suspeita

- Alô! Aqui é o Major Pavão.
- Alô, aqui é o Tenente Passarinho.

Wednesday, December 16, 2009

Princípios

Passaram uma lista para a "vaquinha" de presente para um amigo aqui do trabalho, que vai casar. Contribuições de R$100,00, R$150,00, até R$200,00. Os mais modestos contribuindo com R$20,00. Mas há outras posturas também...

- Não vou contribuir com isso! É um investimento de risco. É bem provável que ele se divorcie nos próximos anos. E aí, ele vai devolver o dinheiro? Depois, eu não concordo com a própria idéia de casamento. E aí vocês vêm me pedindo para contribuir com esse tipo de coisa?

Nada como pessoas claras e decididas

Na falta do que fazer...

... você pode pegar uma flauta transversal que estiver jogada por aí, e tocar um pouco. Distrai.


Intense Flute Beatboxing Skills - Watch more Funny Videos

Tuesday, December 15, 2009

Segunda-feira, 14 de dezembro

:D

Sunday, December 13, 2009

Aniversário misterioso

Ana diz:
- na vila madalena
- meio cedo
- começa meio cedo

Axel diz:
- tá meio vago o convite

Liberdade

Fabrique seus fantasmas. Ou fabrique seus paraísos. A escolha é sua. Sorrisos e lágrimas são coisas que nascem de dentro. É simples assim, quase mecânico. Há pessoas loucas no mundo. Enclausuradas em si. Mergulhadas nos recantos sombrios dos próprios devaneios descontrolados. Como é próprio da loucura, elas se acreditam mais lúcidas que o resto do mundo. Tiram conclusões rápidas e sem maiores consultas, a partir das menores evidências. A loucura seca e endurece em volta da alma, impedindo novos movimentos, novas idéias, outras perspectivas. Fabrique seus fantasmas, se quiser. Não tenho mais voz quando decide que não quer mais ouvir. E que importa, afinal? Só existem loucuras no mundo. A sandice final é uma certeza que fica além dos olhos, depois dos toques; um lugar que jamais iremos habitar. Estamos presos aqui do lado de dentro. Não fui eu que fiz o mundo, mas é assim: cada um arruma a própria cela como bem entende.

Wednesday, December 09, 2009

Web World

Como diz o jornalista argentino Ezequiel Fernandez-Moore, a propósito da informação: "Estamos informados de tudo, mas não sabemos de nada".

- em De Pernas Pro Ar, de Eduardo Galeano

Tuesday, December 08, 2009

Notas de corte


Achei que as notas de corte poderiam correlacionar bem com o número de alunos inscritos por curso, simplesmente. Mas, curiosamente, isso não acontece. A melhor correlação, de longe, é obtida colocando-se as notas de corte em função da relação candidato/vaga, ou seja, da concorrência por curso.

Como nos Planos Cruzados...

Daqui a pouco vão ter que começar a cortar os zeros do índice pluviométrico, por praticidade!

Índice pluviométrico

Nesta noite choveu 130 milímetros a mais que do lado de fora.

Era uma casa MUITO engraçada...

Vocês não fazem idéia...

Monday, December 07, 2009

Entrevista



Eu fui atrás do link para o Blog do Faccini, mas o Google foi gentil comigo e me presenteou com uma entrevista genial!

Para ler a entrevista, clique aqui.

Sunday, December 06, 2009

Gol contra

Logo eu, logo eu!

Vou me preocupar com futebol?!

Pois é, vou. O futebol me sacaneou hoje. Sem querer, mas ainda assim com toda a culpa, me transformou num grande difamador. Num fanfarrão que anuncia mentiras por aí.

Sempre disse que não curto futebol, não é verdade?

Friday, December 04, 2009

Diplomático

Minha mãe tentou sondar o Moreira, ajudante do telhadista que trabalho aqui em casa nessas últimas semanas. O Aparecido, o telhadista, sumiu uma semana dizendo que a sogra tinha morrido. Lá foi minha mãe conferir a história.

- Mas então, Moreira, a sogra do Aparecido morreu mesmo?

- ... É, mais ou menos, sabe?

- !!!

Terra da garoa

Cai a chuva e a cidade pára. E as pessoas nos ônibus, nos carros, se desesperam. Os semáforos apagam, ou melhor, ficam piscando um amarelo sarcástico e debochado. Buzinas ressoam e eu até hoje não entendo o que pretendem com isso. O carro da frente não vai instantaneamente desaparecer por conta da buzina. Nem tão pouco se deve o trânsito gigante a alguma desatenção no camarada logo ali na frente, de modo que não será a buzina que fará alguém pensar "puxa, é mesmo, já posso andar!", e então salvará o trânsito. Ah, mas as pessoas buzinam para relaxar, desestressar. Até acredito na teoria, mas o que eu tenho a ver com isso? Por isso proponho que existam duas buzinas nos carros. Uma útil, para reais emergências e afins, e outra para alívio psicológico. Esta segunda toca para dentro do carro, e não pra fora. Aí o sujeito imerge num barulhão e, tomara, fica um pouquinho mais calmo.

Agora, que fique claro, esta não é a única forma de combater a insandice que é a vida no trânsito das chuvas. Ontem levei uma hora e meia, dentro do ônibus, para ir do IPT até a ponte Cidade Jardim. E o trânsito completamente parado. Completamente. Eis que algumas pessoas no ônibus se animaram e, a despeito da chuva, optaram pela caminhada. Fui junto. Uma estudante de teatro, um recém chegado de Americana que está impressionado com São Paulo, estudando administração por aqui... A única coisa que tínhamos em comum era essa opinião de que uma conversa inusitada com desconhecidos animados debaixo de uma forte chuva devia ser algo mais legal do que ficar no ônibus vendo as caras mal humoradas de trabalhadores enlatados resignados.

Por mim, podia cair outro toró hoje de novo!

Imagina se colocam o colchão no lugar errado!

Wednesday, December 02, 2009

The best advice!

Ananda: ok. have a supimpa class

Monday, November 30, 2009

Condições de contorno

Madrugada, morto de sono, coisas ainda por fazer: só Blind Guardian salva! =D

Imaginations from the other side...

Thursday, November 26, 2009

Fisiologia

Tô arriscado a morrer de hipotermia, de tanto frio na barrida que essa ansiedade toda me dá...

Tuesday, November 24, 2009

Foda-se a diplomacia

Tem gente que insiste, e não cansa de insistir, para não ser respeitada. Então aí não tem jeito, chega uma hora que o diálogo tem que ser na briga, por opção do outro. O que é uma burrice enorme, mas paciência. Existem os burros assim como existe o efeito estufa e a fatura de cartão de crédito, é um simples fato.

Thursday, November 19, 2009

A exata medida

"A justiça militar está para a justiça assim como a música militar está para a música." - Groucho Marx

Sempre ela...

O telhadista que estava trabalhando aqui em casa sumiu. Alega que a sogra morreu e está cuidando das pendências.

Antes de discutir, estou tentando descobrir se é a primeira vez que a sogra dele morreu ou se já tinha morrido antes...

Wednesday, November 18, 2009

SWAY



O excelente trabalho dos irmãos Ori Brafman e e Rom Brafman é desses livrinhos que você compra despreocupadamente num domingo ensolarado pra se distrair enquanto espera por alguém no restaurante ao lado da livraria mas, quando vê, foi possuído pela leitura do começo ao fim. Ou pelo menos esse foi o caso comigo.

Como uma ponte pode influenciar o interesse de um homem por uma mulher? Como pode o mais experiente piloto do mundo, especialista em segurança de vôo, protagonizar um dos piores acidentes da história da aviação? Por que as entrevistas de emprego não revelam nada sobre os candidatos? E por que, então, os entrevistadores continuam com esse método pitoresco? Como nossas opiniões aleatórias acabam determinando a realidade ao nosso redor? Como podem certos diagnósticos clínicos serem completamente inúteis?

Já disseram por aí que a grande diferença entre os homens e os animais é que o homem sabe que é irracional. Reunindo exemplos das mais variadas pesquisas sobre o tema, Sway mostra como somos constantemente movidos por impulsos irracionais. O que me consola por ter comprado mais um livro quando há tantos em casa esperando por serem lidos... Esse, pelo menos, eu já li. E gostei.

Sons do sopro:

Com vocês, dois clarones:

Santo Santander

Estou com a fatura aqui, em mãos. Ótima surpresa ao chegar em casa: já chega a R$78,90 uma dívida por serviços que nunca utilizei ou pedi ou autorizei. Tive conta no Santander por uns meses, fechei. E desde então eles cobram pelo uso do cartão de crédito que nunca tive. E todo mês vou lá e peço para eles cancelarem essa cobrança, que eles reconhecem indevida. No último mês, o funcionário da agência desistiu: "Olha, é mais fácil você ligar no serviço de atendimento Santander." Mas, amigo!!! Eu estou aqui dentro, na agência do Santander! Você é o Banco, estou falando coom o Banco! "É, mas... veja bem..."

Vejo bem que a continua chegando.

Tuesday, November 17, 2009

Funciona!

Funciona, funciona mesmo! O gráfico abaixo prova tudo:


Não é de emocionar?

Discurso de Obama pela liberdade de expressão sofre censura na China

Reportagem aqui, enquanto nenhum chinês destruir o link.

Monday, November 16, 2009

Ó dúvida

Quantas vidas malucas cabem numa vida [a]normal?

Friday, November 13, 2009

=D

Arrumar o telhado: bem caro

Ser acordado pelas minhas sorridentes sobrinhas: não tem preço!

Thursday, November 12, 2009

Sabedoria para a escrita

Poxa vida. Schopenhauer, com aquela cabelera toda, acabou me desapontando. Começa magistralmente bem seu "Sabedoria para a vida", ponderando sobre as diferenças. Depois... Bom, vai ver que eu é que não entendi a ironia. Ele começa o texto afirmando muito claramente como cada um é diferente e preso à própria natureza, imerso na própria realidade, e como essa não necessariamente apresenta uma conexão direta com o mundo. Mas segue definindo a felicidade de TODOS segundo a própria ótica de filósofo recluso sem amigos: a maior felicidade é a do intelecto, e quanto mais bem dotada é uma pessoa de atributos intelectuais mais e mais dispensáveis são as outras pessoas para a manifestação de sua felicidade.

Não seria mais interessante ele investigar as implicações dessas diferenças? Quais as conseqüências do fato de que uma pessoa pode encontrar a máxima felicidade justamente onde outra vê apenas aflições, e vice versa? Depois, não sei se o mundo era mais culto no tempo de Schopenhauer ou se ele tinha mesmo tão poucos amigos, mas como embasar essa idéia absurda de que os prazeres do intelecto são os prazeres máximos para TODAS as pessoas?! Eu, por exemplo, prefiro pizza.

O caso Uniban

O que havia de errado com o vestido da Geisy? Lembrando que estamos no país do biquíni, não consigo entender. Certo, biquinis são usados na praia, não em sala de aula. Certo, alguns dizem que ela teve uma atitude provocativa. E daí? Que atitude provocativa justifica a comoção de centenas de pessoas a uma atitude hostil, como aconteceu? Até onde eu entendo, a multidão saiu do controle. Em que condições estamos mais propensos a seguir a multidão?

O que me assusta sobre multidões é que é preciso um número assombrosamente de idiotas pró-ativos para inflar um verdadeiro caos em centenas. Quanto ao resto, para que a chama pegue é preciso apenas uma estupidez normal e mediana em cada um. E, assim como na idiotice individual, a idiotice coletiva tem suas blindagens também, de modo que a presença de uma ou algumas almas iluminadas de bom senso em geral pouco pode para resgatar o povo à sandice.

Antes que critiquem: ter ou não sido um fenômeno de multidões não deve inocentar ninguém. Há vídeos que mostram quem foram os principais responsáveis e uma medida deveria ser tomada para puní-los.

Em segundo lugar: assombra mesmo é a atitude da "universidade". Uso aspas porque a atitude unilateral e antiquada em nada justifica uma denominação tão prepotente para a instituição. Ontem vi na TV um senhor, aparentemente um professor, dizendo que a tal aluna deveria ser expulsa duas vezes. Dizendo que a Uniban é uma instituição séria, que deveriam olhar para as aulas ao invés de olhar para as badernas que acontecem. Concordo em parte. Concordo com esta última parte, e acho que quem deveria começar a dar o exemplo é a própria Uniban. Que a Uniban se preocupe com o que tem que se preocupar uma universidade: com suas aulas, com sua qualidade de ensino, com sua aspiração de centro de liberdade de pensamento e expressão. Não há como concordar com a primeira parte. Expulsar a aluna? Por causa dos outros? Depois emitir um comunicado dizendo que estão voltando atrás com a expulsão por conta da opinião pública? Isso só mostra que a Uniban, enquanto instituição, ainda não sabe pensar. Deixa-se primeiro levar pelos impulsos estúpidos de sua multidão interna. Depois assusta-se e recua de suas frágeis conclusões frente à opinião da sociedade, porém sem bem entender quem está certo nessa história toda. Não deve causar espanto que uma universidade tão incapaz de lidar com as próprias decisões não tenha conseguido proporcionar um mínimo de clima de tolerância e bom convívio.

Quem já esteve em multidões entende: a grande maioria dos que estavam ali aos gritos, hostilizando a Geisy, não parou pra pensar e formar uma opinião a respeito daquele momento, daquela atitude. Juntou-se aos gritos das pessoas em volta. Quiseram bagunçar também. Viram outros gritando e gritaram junto. Compraram a opinião alheia sem pensar, sem analisar, sem saber de onde ela tinha se originado, sem ponderar sobre onde tudo isso ia parar. Mas não é qualquer multidão que aceita seguir a estupidez. Havia algo de especial na multidão da Uniban para que ela fosse mais suscetível à ignorância?

Questões profundas

Com quantos clarinetes se faz um músico amador?!

Wednesday, November 11, 2009

IBOPE

A conclusão é inescapável: ou muitas pessoas mentem, ou este blog tem um enorme número de leitores displicentes que não se dão ao trabalho de deixar um comentariozinho sequer!

Terça insana

Ontem acabou a luz. Em metade do país, ou mais. Subi no telhado de casa e vi São Caetano toda apagada. A Vila Alpina toda sob uma densa penumbra.

Alguém me explica como é que a luz do corredor da minha casa, só ela, ainda acendia?!

Em tempo...

Ontem ajudei a fundar o Vagão da Leitura no metrô. Na volta pra casa lá estava a patotinha de desconhecidos, num canto qualquer do vagão, todos de livros nas mãos:

- Sabedoria para a vida, Schopenhauer
- Quem mexeu no meu queijo?, Dr. Spencer Johnson
- O vencedor está só, Paulo Coelho
- Are you afraid of the dark?, Sidney Sheldon

Será que só eu reparei e achei graça?

Tuesday, November 10, 2009

Parabéns


Feliz aniversário, caro amigo!

Monday, November 09, 2009

Bastidores

É tudo ao mesmo tempo... Num canto do mundo, alguém trabalha. Alguém tira um cochilo no ônibus. Alguém lê Schopenhauer. Alguém toca clarinete. Alguém aceita convites estranhos. Alguém almoça de graça. Alguém paga a conta. Alguém ensaia sorrisos. Alguém escreve uma carta. Alguém se arrepende. Alguém promete. Alguém pensa em alguém. Alguém ensina. Alguém aprende. Alguém espera. Alguém sonha. Arruma o quarto. Inventa soluções. Brinca com um animal. Ri de uma discussão. Sorri para estranhos. Conta histórias. Inventa insônias. Atravessa a rua. Ri com um copo de wisky na mão. Carrega tijolos. Chega atrasado. Abraça sempre com saudade. Faz uma piada na reunião. Descobre amizades no ônibus. Dá "feliz aniversário" a estranhos. Pensa na vida. Vai para o quarto depois do banho fazendo moonwalk. Ri de si. Dorme.

Difícil

As pessoas não me dão o devido crédito quando deveriam.

Sunday, November 08, 2009

Saudável


Descobri que meu gato Bóris adora Farinha Láctea.

É força no miau.

Thursday, November 05, 2009

Enquanto isso, dentre os humanos...


Um sofá apareceu em cima de um orelhão na esquina da rua Campos Elíseos com a travessa Doutor Rocco, no bairro Glória, em Porto Alegre (RS); os moradores não fazem ideia de como o móvel foi parar lá

Vi no UOL

Friday, October 23, 2009

Cada um tem sua técnica

Acabei de ler: Produtividade na insônia

;)

Thursday, October 22, 2009

Loop infinito

- Sabe, o senso comum é um péssimo conselheiro!

- Sei... Bom, pelo menos é o que dizem, né?

Wednesday, October 21, 2009

My strange clarinet

Hello people! Here are some pictures of my old clarinet. It's a wooden one, and it's a Normandy model. But I coudn't find any information about this specific model up to now. The guy who sold this to me told me it is about 80 years old. It's a Bb clarinet, but unlike the other clarinets I've seen around, this one has all its keys closed, a mechanism that resembles more a blass clarinet than a normal clarinet... Another weirds things: it is all in one wood piece! You can't separate it in two parts in the middle, as usual. Old design? If you have any information about this particular model (when was this kind of model made, why its mechanism is different, and so on...), please feel free to write!




Tuesday, October 20, 2009

Dar aulas


Um professor deve mirar fazer-se inútil o quanto antes. Orientar o aluno a descobrir em si a luz da autonomia.

Aziza + Bach

=

Monday, October 19, 2009

Saramago é um cara legal


E eu que já ia dando indícios de me comportar nessa mania mais consumista que intelectual de comprar livros e livros, vou ter uma recaída. Depois de ler esta matéria da Folha sobre o novo livro de Saramago, Caim, não tem jeito. Quero um também!

Saturday, October 17, 2009

Demasiado humano...



Greeley - Qual é posição da sua igreja com relação à escravatura?

Young - Nós a consideramos uma instituição divina que não deve ser abolida até que a maldadição rogada seja retirada de seus descendentes.

Brigham Young (1801-1877), líder mórmon, converteu-se às idéias da seita religiosa americana aos 30 anos de idade. Ele sucedeu o fundador do mormonismo, Joseph Smith, assumindo a presidência da igreja em 1844. Young liderou a longa caminhada dos mórmons a partir de Illinois, de onde haviam sido expulsos, para a região de Utah. Ali, ele e seus seguidores fundaram o município de Salt Lake City e o declararam independente.

Horace Greeley, o repórter, foi um dos mais influentes jornalistas americanos do século XIX. Em 1841, fundou o New York Tribune, a publicação que se tornaria um dos pilares de sustentação política de Abraham Lincoln. Em 1872, ironicamente, Greeley fracassou em sua tentativa de eleger-se presidente dos Estados Unidos.

Saturday, October 10, 2009

Jazz coisa nenhuma!

Esses velhinhos simpáticos são é roqueiros! Da melhor estirpe. (Ver até o final).

Teste

A vida é um teste?
Testando,
Testando...

Friday, October 09, 2009

Flagrante

Monday, October 05, 2009

De gaiato


Ano passado passei vários dias nesse navio aí da foto. Exatamente nesse, Aliança Brasil, inscrição IMO número 9000730, prefixo PPSO.

Trabalhar na praça de máquinas, ver tartarugas gigantes nadando ao lado do navio na região de Abrolhos, baleias pulando pelo mar, histórias de assombração contadas pelos marinheiros no meio da madrugada. A assombrosa e duvidosa beleza de um volume absurdo de gás sendo queimado contra o escuro da noite em todos os cantos da Bacia de Campos... E horas de meditação sozinho, na proa, no meio da noite, no meio do Atlântico, vendo o céu mais estrelado que já vi na vida. Nenhuma luz por perto. Nenhum barulho além do barulho das ondas contra o casco (o motor, 200 metros lá pra trás, não é audível da proa). E a oportunidade de trabalhar também com a navegação da embarcação, calculando tempos para as manobras de teste, proas. Num determinado momento, deixaram que eu fizesse uma curva, eu mesmo no leme. Exagerei no comando, e o navio inclinou demais na curva. Ouvi dizer que alguns copos cairam na cozinha e quebraram, porque ninguém esperava aquilo no meio da viagem, com um mar tão calmo e tudo. Intriga da oposição...

Quando será que é a próxima?

Sunday, October 04, 2009

Consumismo econômico


... é, não resisti! ;)

Alimentados e felizes


Alimentadas e altas

Entortâmo a mama!


Mamãe é tão fraquinha... Foi só uma taça, que vergonha!

Mas o importante é comemorar! Brindes!



Um estudante no Terraço Itália

- Com licença senhor, possui carro no estacionamento?

- Não... Por acaso vocês carregam bilhete único?

- ?!!!

Enfim... Não custa tentar.

Friday, October 02, 2009

A vida no metrô

O inesperado pisão no pé:

Páf!

A esperada retração:

- Ai, me desculpa?

A inesperada resposta:

- Depende... Foi de propósito?

Wednesday, September 30, 2009

Faz tempo já...

Ele entrô com aquela caxinha preta na mão, eu sabia que era um instrumento. Aquelas caixa é sempre de algum tipo de instrumento, sabe? E tava bem véia já, comida nas berada. Pagô em dinheiro, não sei se num tinha bilhete único ou sei lá. Perguntei se era flauta, porque era uma caixa comprida mas era fina, estreita demais pra ser trumpete.

- É um clarinete.

Faz tanto tempo já... Eu tocando na bandinha, pensando em virar músico um dia, já pensou? Daí ele começou a me perguntar, falei dos tempos lá no Piauí que eu tocava na bandinha da cidade. Contei que adorava tocar trompete. Mas não queria contar, sabe? Dá um aperto... E ele falava pra eu arranjar um instrumento véio, qualquer um, e tocar pra brincar mesmo, vez ou outra. Pode uma coisa dessas? Faz tempo que vim pra São Paulo já... Duas filhas agora, a casa, e todo dia nos ônibus, pra tudu que é lado, sabe? Vô tocá o que? Num vai saí nada que eu lembro, e vô lembrá de quando tocava tanta coisa bonita, e vou ficar mais triste... Inda bem que ele foi embora logo, que a conversa num tava num rumo bom.

Saturday, September 26, 2009

Minha sobrinha j=á sabe escyrevery7666

7yyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

E já sabe me atrapalhar iyjeqyyyyynatr6g 654enquyan5to6 yeu5 e6styou 6t escrevendohuik.hn..
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tudoestudo
nadaesnada
nathália
adriano
tonho
tata
tete
titi
toto
tutu
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discupa tio

Thursday, September 24, 2009

A eterna guerra

Nesta tranquila manhã de domingo minha paz celestial foi ameaçada por velhas senhoras enviadas do demônio, numa tentativa ousada de lançar pragas sem fim contra meu futuro. Elas vieram disfarçadas de enviadas de Deus. Eu sei que, no Domingo, Deus descança. Deus é justo, presente e onipotente, não precisa enviar velhas loroteiras no seu lugar no dia em que não faz nada. Velhas loroteiras são onichatas.

Wednesday, September 23, 2009

A guerra das planilhas, e outros contos da informática


Achei um documentário sobre a guerra de planilhas de cálculo, transmitido originalmente em 1988. Várias coisas são interessantes no vídeo. A diferença entre a Microsoft e seus concorrentes se faz gritante não apenas na apresentação do produto; a postura de vendedor eloquente do enviado de Gates ao programa é notavelmente contrastante com os demais. O atraso da Lotus em soltar uma versão mais atual do Lotus 123 também marca uma diferença de estratégia entre as empresas.

Uma outra coisa que chama a atenção, para mim, é a forma ao mesmo tempo civilizada e agressiva em que o programa transcorre, com concorrentes lado a lado afirmando por que seus produtos são melhores que o das pessoas sentadas ao lado. Todos respeitando a vez de cada um falar; os apresentadores do programa fazendo perguntas equilibradas a respeito dos produtos. Um outro mundo.

Para quem quiser assistir mais documentários-fósseis dos primórdios da era digital, basta clicar aqui.

Tuesday, September 22, 2009

Engenhocas high-tech


É sem fim o número de invenções tecnológicas de todas as espécies que compõe as várias facetas da nossa História, das artes às guerras, da literatura ao rock. Um humilde apanhado de curiosidades encontra-se neste link aqui.

PS: Eu já tive um etch a sketch!!! =D

Monday, September 21, 2009

Ela, a Navio

Sunday, September 20, 2009

Nerds descolados...

Tenho esse costume de ficar de olho em mais e mais livros, garimpando coisas por aí. Minha volta a atividades engenheirescas, confesso, me fez olhar novamente para livros exatóides de um jeito que já há muito eu não olhava. E aí comecei a reparar em uma coisa... Ao lado de muita gente séria, há um ou outro profissional desencanado que escreve como bem entende, sem essa de formalidades e impessoalidades. Eis alguns títulos:

Modeling for field biologists and other interesting people, de Hanna Kokko.



Um outro bem inusitado, mas bem interessante também: The Tragicomical History of Thermodynamics, de C. Truesdel.

Mas se tem um que resolveu quebrar os padrões de seriedade típicos dos livros de exatas, é esse:

Concreto armado, eu te amo

Saturday, September 19, 2009

Vida burocrática

Notavelmente desapontada, minha tia reclamou:

- Não acredito que você ainda não tem CREA!

- E só vou tirar se precisar!

- Mas Adriano...

E ficou ali, pensando em algum argumento definitivo, o protesto derradeiro, que logo veio:

- ...imagina o que seria do Maluf sem CREA!

Friday, September 18, 2009

Adrianos felizes

Não tem o que explicar. É só ver o vídeo e ser feliz.

Thursday, September 17, 2009

Pelúcias exóticos


Pra quem quer sair da mesmice com o próximo ursinho de pelúcia (para si ou para presente), aqui vai uma boa dica: GIANT MICROBES.

E, sim, a produção dos caras é atualizada. Já está disponível o pelúcia da gripe suína:

Wednesday, September 16, 2009

Os copépodes


Seres estranhos, esses pequenos copépodes. Parecem ervilhinhas com longas antenas. Monstros de um outro mundo? Aberrações de um canto bizarro e esquecido de nosso planeta? Não... nem de longe. Trata-se, na verdade, de um dos mais importantes habitantes da Terra. Há estimativas estipulando que eles constituem a maior fração da biomassa deste planeta. Ou seja, se você pesasse todos seres vivos, o maior peso seria devido à população destas pequeninas bizarrices.

Sua importância na cadeia alimentar global é tremenda. Eles alimentam-se do plâncton microscópico para posteriormente (a contragosto) servirem de alimento aos seres maiores. São portanto os pilares que sustentam a vida macroscópica do oceano sobre o invisível mundo fotossintético difuso mares afora.

E eu há pouco nem sabia que eles existiam!

Tuesday, September 15, 2009

Mulheres bonitas emburrecem os homens


De repente a idéia de que uma mulher bonita faz o homem gagejar, se perder, se confundir com o que está fazendo, não é tão exagerada assim. Segundo um estudo publicado no Journal of Experimental and Social Psychology, a presença de mulheres bonitas estupidifica os homens. Mas segundo o estudo, a imagem estereotipada é um caso extremo: o que acontece é que os homens tendem a alocar todos seus esforços cognitivos em tentativas de impressionar as mulheres, e passam a ter péssimo rendimento em outras tarefas.

O mesmo não acontece como as mulheres.

Novidade...

Monday, September 14, 2009

Quanto vale a vida?


Não agradou a idéia publicitária do World Wildlife Fund em que uma comparação direta é feita entre o tsunami na Ásia e o atentado de 11 de setembro. Que cada morte ocorrida sobre este planeta deveria ter em torno de si um véu de singularidade que privasse de sentido qualquer tentativa de comparação, tudo bem. Mas até aonde vai a frieza dos números, comparações são possíveis, e têm lá sua utilidade. Não quero defender a campanha do WWF, até porque estética e bom gosto estão longe de ser boas especialidades de alguém tão permissivo, empolgado e tranquilo quanto eu. O que me chama a atenção é que as comparações numéricas são possíveis em inúmeros casos, e podem levar a questões qualitativas interessantes.

Quantas pessoas morrem anualmente de câncer? Vítimas da criminalidade? Vítimas de guerra? Vítimas de acidentes de trânsito? Vítimas de vazamentos nucleares? Vítimas de doenças tropicais? Vítimas da gripe asiática? Vítimas de crime passional? De velhice pura e crua? De fome? De sede? De acidentes de trabalho? De tédio? De terrorismo?

Que diferença faz, para o grau de impacto da notícia, quem é o morto e quais as circunstâncias da morte? Cinco milhões de mortes de civis em um campo de concentração significam o mesmo que cinco milhões de mortes de soldados em um campo de batalha?

A morte de um artista famoso é mais importante que a morte de milhares de pessoas desnutridas, famintas e mortas de sede?

Pensar nessas questões deve obrigatoriamente passar pela distinção entre investigação "do mundo como ele é" e "do mundo como ele deveria ser". Ideal contra empírico. Enquanto não há dificuldade em reconhecer que as mortes em um campo de concentração são muito mais horrendas que um número equiparável de mortes em um campo de batalha, por exemplo, a questão seguinte sobre o artista inevitavelmente ganha duas respostas. No âmbito ideal, pe difícil defender que a morte de um único artista deveria impactar mais o mundo do que a morte de milhares e milhares de pessoas sofrendo as mais devastadoras condições de vida. No âmbito empírico, contudo, Michael Jackson morrendo é muito mais pop que um bando de etíopes definhando.

Não interessa apenas quantos morrem. Interessa quem é o assassino. Interessa quais as circunstâncias da morte. E interessa quem é o morto.

A campanha publicitária da WWF foi uma péssima escolha, pois fere pudores instintivos que jamais permitirão que o objetivo final da peça seja compreendido além do orgulho que toda comparação entre diferentes mundos sucita. Bom mesmo para o movimento ambientalista no mundo seria um real tsunami sobre as linhas costeiras de Nova York, que certamente levariam os mais irracionais e emotivos impulsos da civilização na direção à qual tantos esperam em vão que as razões modernas se dirijam.

Certo estava o Ed Mort... O que diferencia o homem dos animais é que o homem sabe que é irracional.

Sunday, September 13, 2009

Percepções...

Ah, vai entender... As pessoas são assim, paradoxais, cheias de contraste, conflitantes numa perspectiva mais amplas, e é isso mesmo que significa dizer que são muito humanas.

Dou aulas de inglês para a Aline duas vezes por semana. É perto de um shopping, e também é perto do metrô Barra Funda. Tipicamente, as aulas terminam entre as 18:30 e as 19 horas. Ainda é cedo demais, segundo meu gosto, para desfrutar dos prazeres do transporte público. Assim, vou para o shopping, tomo um sorvete. Cinema, livraria. Pessoas diferentes andando pra lá e pra cá. Fico observando.

Aí pensei, outro dia, no óbvio. A praça de alimentação é sempre nos andares superiores. Claro: compras, nem sempre fazemos, mas alimentar-nos é algo forçosamente rotineiro mesmo que não muito disciplinado. Assim, com a praça de alimentação lá em cima, pelo menos as pessoas passam em frente às lojas, e de repente despertam interesse por algo.

Mas aí pensei numa outra coisa... Imagine que o mesmo efeito fosse procurado por meio de uma "regra". Suponha que a praça de alimentação fica no primeiro andar, logo na entrada. Mas existe uma regra que diz que você só pode comprar comida se primeiro subir as escadas e passar em frente as vitrines das lojas, até o último andar. O que você faria? Soa algo revoltante, inaceitável e sem sentido, não é? Mas veja só que curioso... A configuração dos shoppings atuais é uma artimanha para te fazer passar em frente às vitrines, mas não parece algo revoltante. Quando você entra no shopping, você passa pelas vitrines porque a praça de alimentação está lá em cima, não há outra opção, e nada de revoltante nisso. O fato de essa configuração ter sido uma deliberação ocorrida no passado não desperta o mesmo tipo de indignação que uma regra abstrata despertaria no nosso shopping imaginário com a praça de alimentação no térreo.

Daí a conclusão: não associamos muito fortemente as características físicas do nosso ambiente ao processo deliberativo que deu origem a ele. A pessoalidade é sentida quando se percebe a abitrariedade da imposição, não quando esta é camuflada por meio de coerções físicas inertes. Não sei se é uma tendência primitiva de entender separadamente ambiente natural e ambiente social, ou se é um indício de baixa consciência política do cidadão moderno... É claro que, neste momento, penso em coisas muito mais relevantes do que a posição da praça de alimentação de um shopping...

Saturday, September 12, 2009

Constatação

De todas as formas sérias de pensar o mundo, o humor é a mais corajosa.

Friday, September 11, 2009

O mundo é bom

Olhar horrível, contorcendo-se para reter as lágrimas de alguma forma. A cada sacolejar do ônibus, uma nova e diferente expressão de dor. Um passageiro, ao dar-lhe o dinheiro, pergunta: o que foi? Quase balbuciando, ela explica: dor. Tô com dor na coluna, moço.

Segundos depois, lá de trás, levanta-se um homem, senhor já, agasalho pesado contra o frio desses dias de agosto. Vai até a catraca: quer tylenol? Toma! Deu-lhe uma cartela cheia. Ela fica olhando, agradecida. O tal homem vai se sentar.

Ela grita ao motorista: Tem água aí? Um passageiro me deu tylenol, é comprimido. Tem água? O motorista faz que não com a cabeça e segue dirigindo. Olhando adiante.

Surge então, sei lá da onde, um braço estendendo à cobradora uma garrafa d'água. Meio litro, cheia, fechada. Toma. A pessoa virou-se e voltou ao seu lugar. A cobradora ficou olhando, tomou o comprimido. Mas antes mesmo de tomar o comprimido, e antes que a dor na coluna lhe desse grandes tréguas, já se sentia tão melhor...

Thursday, September 10, 2009

MUCO


O Diário do Comércio inaugura o Museu da Corrupção on-line, para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.

Para conhecer o MuCo, clique aqui.

Por Luiz Octavio de Lima

No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.

Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.

Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.

O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.

Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.

O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.

Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br

Para conhecer o MuCo, clique aqui.

Wednesday, September 09, 2009

Mito #3: Danos cerebrais são irreversíveis


(Este post é a parte 4 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Fato: O cérebro consegue se reparar e compensar certas perdas, e mesmo gerar novas células.

Acredita-se que cada pessoa nasce com um número finito de células cerebrais, então se você danifica algumas delas ficará no déficit pelo resto da sua vida. Menos de 20 anos atrás, mesmo especialistas na área da neurociência acreditavam que o cérebro era inalterável; uma vez que ele fosse "quebrado", não poderia ser consertado. Mas descobertas recentes têm convencido cientistas a pensar diferente. Evidências mostram que o cérebro permanece "plástico" por toda a vida: ele pode se remodelar ou mudar a si mesmo em resposta a novos aprendizados. Sob determinadas circunstâncias, o cérebro pode até mesmo criar novas células através de um processo chamado de neurogênese.

Para mostrar a regeneração de células cerebrais, em 1998 cientistas aplicaram uma substância que identifica a divisão celular em um grupo de pacientes com câncer em estado terminal. Exames pós-morte verificaram que a substância havia aderido a novas células no hipocampo. Esta descoberta não apensa refuta o mito de que "nascemos com um número finito de células cerebrais", mas também trás esperança a pacientes com danos cerebrais causados por doenças ou traumas. O trabalho recente da equipe do Neurological Foundation Brain Bank, do professor Richard Faull, conduzido na universidade de Auckland, confirmou este processo.

Tuesday, September 08, 2009

Mito #2: As personalidades mostram dominância do cérebro esquerdo ou direito


(Este post é a parte 3 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Fato: Os dois hemisférios são intrincadamente co-dependentes.

Este mito sustenta que o hemisfério direito de uma pessoa é preponderantemente criativo, intuitivo, voltado às artes, ao passo que o hemisfério esquerdo é mais voltado à solução de problemas, mais linear, lógico. O mito teve origem na ciência genuína, mas novas tecnologias de mapeamento têm mostrado que o cérebro é mais interdependente do que antes se pensava.

Este mito provavelmente tem suas raízes no século XIX, quando os cientistas descobriram que um dano em um dos hemisférios cerebrais causava perda de habilidades específicas. Por exemplo, habilidades espaciais pareciam residir na metade direita do cérebro, e a linguagem na metade esquerda. A idéia ganhou força quando na década de 60 do século passado cientistas estudaram pacientes com epilepsia que haviam passado por uma cirurgia para romper as ligações entre os hemisférios. Estes pesquisadores mostraram que quando os hemisférios cerebrais não podiam mais se comunicar, um não teria consciência do outro, e poderiam inclusive reagir diferentemente a um mesmo estímulo. Por exemplo, quando um paciente era questionado sobre o que ele queria ser, seu cérebro esquerdo poderia responder "projetista", mas seu cérebro direito responderia "piloto de carro de corrida".

Recentemente, a tecnologia de mapeamento cerebral tem revelado que os papéis dos hemisférios não são tão claramente separados como já se pensou. Os dois hemisférios são de fato altamente complementares. Já se acreditou, por exemplo, que o processamento da linguagem era restrito ao hemisfério esquerdo. Atualmente sabe-se que ele ocorre em ambos hemisférios, no lado esquerdo ocorre o processamento gramatical e da pronúncia, enquanto no lado direito acontece o processamento da entonação. De modo similar, experimentos mostraram que o hemisfério direito não trabalha isoladamente no que diz respeito à habilidade espacial: o hemisfério direito parece lidar com um senso geral do espaço, enquanto o hemisfério esquerdo trata dos objetos em localidades específicas.

O que permanece verdade é que o lado direito do cérebro controla do lado esquerdo do corpo e vice-versa. Isso significa que um dano no lado esquerdo do cárebro (tal como um derrame nessa região) pode causar danos no lado oposto do corpo (como uma paralisia na perna direita).

Monday, September 07, 2009

Mito #1: Você usa apenas 10% do cérebro


(Este post é a parte 2 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Fato: Você usa todo o seu cérebro.

Este mito dos 10% circula há um bom tempo. Não se sabe ao certo como esta mentira se originou, mas ela vem ganhando força ao longo do último século por meio de interpretações errôneas das descobertas da neurociência e citações jogadas tanto por cientistas quanto por pessoas comuns. A verdade é que usamos a totalidade de nossas mentes todos os dias.

Digamos, por exemplo, que enquanto você lê este artigo você está comendo um sanduíche. Conforme você lê, os lobos frontais do seu córtex cerebral estão engajados em pensar e raciocinar. Você está desfrutando de seu delicioso sanduíche graças aos lobos parietais, os quais são responsáveis pela sensação de sabor, textura e cheiro dos alimentos. Os lobos ocipitais ajudam você a processar as palavras que você vê nesta página, e os lobos tempoaris o ajudam a processar o que você escuta, como o barulho do sanduíche sendo mastigado.

Ao mesmo tempo, você acabou de piscar graças à sua área motora, e é devido ao cerebelo que você é capaz de segurar o sanduíche em uma mão bem como fazer tudo o mais que você faz que requer coordenação e movimento.

Sem ter que pensar sobre isso, você está respirando, digerindo seu sanduíche e fazendo o sangue circular graças ao tronco cerebral. Seu metabolismo e funções hormonais tais como as que controlam os níveis de água e açúcar no seu corpo estão agora mesmo sendo controlados pela sua glândula pituitária. E se você por acaso está em um ambiente frio, o hipotálamo é reponsável pelo fato de que você está tremendo um pouco.

Você vai se lembrar de ter lido isso graças ao hipocampo, cujo trabalho é transferir a memória de curto prazo para a memória de longo prazo. Ele também permite que você lembre que o ponto-chave deste exemplo elaborado é que você usa muito mais que 10% de sua mente.

Sunday, September 06, 2009

A mitologia do cérebro


(Este post é a parte 1 de uma tradução dividida em 4 partes do artigo original que pode ser visto aqui em inglês.)

Você usa apenas 10% do seu cérebro
Em uma pessoa predomina ou o cérebro esquerdo ou o direito.
Danos cerebrais são permanentes.


O que estas três afirmações têm em comum?


São mitos: lorotas nas quais muita gente acredita. Alguns mitos são baseados em fragmentos de verdade; outros surgem de interpretações errôneas ou da necessidade de uma frase de efeito. Independentemente de como surgem, eles se vendem como verdades e são passados adiante sem questionamento. Mitos com maior atratividade são aqueles que parecem ser baseados na ciência. É necessário muita coragem para desafiar a legitimidade de um mito alicerçado em linguagem científica. Mitos sobre o cérebro têm sido especialmente difíceis de combater uma vez que o cérebro e seu funcionamento ainda não são muito bem compreendidos. Mas ao longo das últimas décadas cientistas aprenderam mais que o suficiente para desmistificar alguns mitos populares sobre a mente.

"Mitos urbanos" ou mais precisamente lendas urbanas são às vezes repetidas em reportagens jornalísticas e, em anos recentes, distribuídas por e-mail. As pessoas frequentemente alegam que tais casos aconteceram a um "amigo do amigo" - tão frequentemente, de fato, que "amigo do amigo", ou "FOAF" (da sigla em inglês), têm se tornado um termo comumente usado quando recontando este tipo de história.

O fenômeno das lendas urbanas é bem conhecido em outras línguas. Na Holanda, por exemplo, uma lenda sobre carne de macaco deu origem ao termo "broodje aap verhalen", que significa "histórias de sanduíches de macaco".

Algumas lendas urbanas têm sobrevivido por um longo período, evoluindo apenas lentamente através dos anos, como no caso da história da mulher que foi morta por aranhas que fizeram ninho em seu penteado. Novas lendas tendem a refletir circunstâncias modernas, como as histórias de pessoas que caem em uma tocaia, são anesteziadas e acordam com um rim a menos, que teria sido cirurgicamente removido para transplante. Há ainda outras, como a da pessoa que tentou secar um gato em um forno microondas, e após ter matado o animal desta forma ganhou um processo na justiça porque não havia alerta no aparelho, fazendo as companhias serem obrigadas a colocar adesivos em suas máquinas sobre este tipo de perigo. Outra é a história recorrente atribui uma epidemia de doença neurológica e câncer à dieta de bebidas leves. É totalmente falsa e entretanto veio à mídia novamente em tempos recentes.

Saturday, September 05, 2009

Santa cruz das palmeirinhas!


Minha ignorância me assombra... Só HOJE descobri que os Fenícios já haviam contornado a África! Ao invés de ficarem no cantinho deles, no entorno do Mediterrâneo... Não, sairam navegando por aí, e relataram que durante parte da viagem o sol do meio dia era visto ao norte. Essa informação, à época, serviu para dar descrença ao relato, uma vez que em todo o mundo antigo o sol era visto, ao meio dia, sempre aparecendo ao sul. E é justamente este detalhe do relato que é um dos pontos fortes em favor da crença que os historiadores hoje têm nesta façanha.

Eles não tinham motores.

Não tinham GPS.

Não tinham lâmpadas elétricas.

Não tinham refrigeradores.

Mas tinham uma coragem e uma capacidade que ainda não aprendemos a apreciar devidamente...

Friday, September 04, 2009

Pobre Axolotl..... :(


Ele é exótico e muito curioso, mas infelizmente está em extinção... Matéria aqui.

Pobre Keynes...


Enquanto estudava matemática em Cambridge, Keynes desabafou para um amigo:

"Estou entristecendo o meu cérebro, destruindo o meu intelecto, azedando a minha disposição"

E olha que nem era engenharia, hein!

Thursday, September 03, 2009

Casos de família


Willaim Godwin, mergulhando em uma profunda filosofia em busca dos princípios da Justiça Política, e analisando detalhadamente as relações entre as virtudes da humanidade e a felicidade, acreditava que "o homem é aperfeiçoável ou, em outras palavras, suscetível de perpétuo aprimoramento".


Sua filha levou a idéia a sério e resolveu idealizar o primeiro passo. Irônico é que, de largada, nada de aperfeiçoar o homem a partir do que já estava à mão. Só mesmo voltando um passo atrás e fazendo um ser totalmente novo. Sim, a filha de William Godwin é ninguém menos que mary Shelley, autora de Frankenstein.

Wednesday, September 02, 2009

Caso de polícia



Policiais percorrem as ruas em patrulha de rotina. De repente, ao longe, avistam dois homens roubando um carro. Imediatamente inicia-se a perseguição. Um dos criminosos acaba escapando, mas o outro... ...o outro se transforma em um bode!

Ao menos é o que relatam os policiais envolvidos no caso, que ocorreu na Nigéria. A notícia completa pode ser vista aqui.

Atenção, criminosos, para a dica! É hora de mudarem-se para a Nigéria, levando aí alguns animais de estimação, daí a cada assalto, é só soltar alguns pelo caminho... talvez com um relógio de pulso igual ao seu, para dar mais credibilidade... que tal?

Tuesday, September 01, 2009

A cabeça de Bentham



Contraste curioso, esse dos filósofos. Geralmente, pessoas tão pouco dadas ao trabalho manual mas que, ainda assim, alteram tanta coisa no mundo! Por conta de suas mentes inquetas, impactam sociedades e eras, transformam a humanidade. Mas quantos filósofos têm o privilégio de manter suas mentes inquietas mesmo depois da própria morte? Jeremy Bentham resolveu não arriscar, e deixou instruções precisas no testamento.

Pediu que o corpo fosse preservado e colocado numa caixa denominada "Auto-icon". Sua mente, ou melhor, sua cabeça, permaneceu inquieta, não exatamente no mais filosófico dos sentidos... Deteriorada por conta do processo de presernvação empregado, a cabeça acabou caindo do corpo. Foi então substituída por uma cabeça de cera, mais apresentável. Porém a cabeça original permaneceu aos pés de Bentham, para exposição, no prédio principal da universidade de Londres. Porém inúmeras vezes a cabeça foi o alvo preferido de alunos que sumiam com ela por uns tempos. Fico imaginando se eles tinham por lá uma lista como a da caça ao tesouro da Poli...

Satisfeito com tamanha bizarrice? Não se dê por vencido... O melhor, ao meu ver, vem agora: não contentes em manter o corpo de Bentham em exposição para o público, durante as celebrações do 100º e do 150º aniversário da universidade, o corpo de Bentham foi levado para as reuniões dos dirigentes da instituição. Nos autos ele consta como "presente, mas não votante".

Monday, August 31, 2009

Discursinho sobre o método


Foi minha irmã, tempos atrás, quem contou a história. Em uma aula de música, ela viu a recorrente e mesmo tradicional discussão sobre qual seria o melhor método de estudos... Bona? Dotzauer? Qual? Defensores sempre os havia para todos os casos. Os humanos são assim, muito bem organizados para maximizar os prazeres de todas as querelas, sempre dividindo-se quase que instantaneamente para todos os lados possíveis da questão. Às vezes duvido que os humanos sejam realmente racionais. Mas, pensando nessa eficiência com que se fazem sempre partidários para todas as hipóteses possíveis, talvez seja melhor dizer que os humanos são mais que racionais. São, sei lá, multi-racionais, ou pluri-racionais. Mas isso é divagar já, voltemos aos métodos...

As discussão são sempre inúteis e sem fim. Quem prefere estudar música com o Bona, terá seus argumentos e com muita astúcia desmantelará todos os argumentos em favor do Dotzauer. É exatamente o mesmo que faz o partidário do Dotzauer contra o Bona. Até que, no meio dessa poeira toda, uma luz. Um dos professores da minha irmã resolveu a questão, quase que em segredo, pois terminar brigas assim seculares com tamanha simplicidade seria um crime: "mais importante do que ter o melhor método, é ter um método".

Uma seqüência definida no plano de estudo, não importando se é ou não a melhor mas que, se seguida, definitivamente o levará a algum lugar. Mil vezes melhor que a constante alternância de estradas, que consome todo o combustível nos percursos enganosamente curtos das vicinais.

Sunday, August 30, 2009

Apenas mais uma espécie única

Após miliares de anos de evolução, intensas pressões evolutivas atuaram nas savanas africanas para transformar ao longo das eras um simiesco animal em algo revolucionário: um mamífero de grande porte com andar ereto, poletar opositor, cérebro com um enorme volume, quando comparado ao tamanho do corpo, e consciência com capacidade de abstração e empatia inigualáveis no reino animal. O sucesso da empreitada evolutiva foi tamanha, que nos últimos anos este mamífero povoou todo o planeta, venceu a disputa com milhões de outras espécie pela supremacia sobre o habitat, qualquer que o fosse, e vem aplicando seu cérebro superpoderoso às mais variadas tarefas, como o desvendar da origem do cosmos, a confecção de tecnologias industriais revolucionárias, ou, como o mamífero Bill Dan, à arte de empilhar pedrinhas.