Não há dúvidas, o frio vai ficar mais intenso.
Por que outra razão eu teria perdido uma das minhas luvas?
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Thursday, November 10, 2011
Friday, October 28, 2011
Thursday, October 27, 2011
Exame de saúde
Está acontecendo uma campanha de acompanhamento de saúde de alunos e funcionários no campus da YNU. E eu não fazia a mínima idéia, porque neste país sou analfabeto e não leio os cartazes. Mas meus amigos avisaram. Lá fui eu.
Visão: ok.
Anemia? Nenhuma.
Peso:
- She speaks you Mr. Pereira is bit fat, heavy maybe, understand? Wait wait.. oh.. but only little. May be in your country you ok. People Brazil too fat, too?
O que seria de mim, aqui, sem um amigo tradutor?
Visão: ok.
Anemia? Nenhuma.
Peso:
- She speaks you Mr. Pereira is bit fat, heavy maybe, understand? Wait wait.. oh.. but only little. May be in your country you ok. People Brazil too fat, too?
O que seria de mim, aqui, sem um amigo tradutor?
Tuesday, October 25, 2011
Pelo cheiro, pelos instintos...
Onde tem fumaça, tem fogo.
Onde tem música, tem vida.
Terça-feira feliz.
Onde tem música, tem vida.
Terça-feira feliz.
Tava ensaiada
- Ah, então você é do Canadá? Fala francês também?
- Bien sûr, je parle français! Que diriez-vous?
- Peut-être que oui, peut-être que non.
Cansei dessa piada. Alguém me ensina mais alguma coisa em francês? Também não pode ser a palavra "pelúcia".
- Bien sûr, je parle français! Que diriez-vous?
- Peut-être que oui, peut-être que non.
Cansei dessa piada. Alguém me ensina mais alguma coisa em francês? Também não pode ser a palavra "pelúcia".
Monday, October 24, 2011
Shogun
Da estação até em casa sobe-se uns vinte metros. Que eu avaliei como quarenta da primeira vez mas juro que é mais que o Fuji, quando está muito tarde.
Talvez com menos sangue na cabeça depois de tamanha escalada, minha atenção vai mais lenta também. Vejo as casas, muitas com enfeites na porta, ou na calçada. Tudo é diferente. Uma pequena oficina. E logo adiante um gato sentado em frente a uma casa. Está sob a luz, ao invés das sombras. Acho estranho tamanho descuidado por parte de um felino.
Num dos passos, arrasto o pé no chão. O barulho o faz olhar para mim. Mas mais nada. Volta o olhar para o mesmo infinito de que se ocupava antes.
Dois dias depois, vou subindo. Lá está ele. Que gato doido, sempre aí, sozinho, no mesmo lugar, olhando para o mesmo ponto, do mesmo jeito. Vou assustá-lo para quebrar essa mesmice toda do Japão. Arrasto o pé. Ele olha para mim. Olha para seu infinito. E fica lá.
Dou um nome a ele. Shogun. Melhor dar nome, antes que ele resolva fugir dali.
Fim de semana. Vou passear em Tóquio. Chove. No trem, vou olhando aquelas casas todas iguais quilômetros e quilômetros afora, os prédios todos com um mesmo padrão muito parecido - ou vai ver é meu olhar que ainda não entende das nuances daqui. Algo me tranquiliza: ao menos hoje o Shogun não estará lá.
Pois a chuva já nem era mais garoa. E lá estava Shogun e seu infinito sendo admirado igual sempre.
Bato o pé no chão com mais força. Olha para mim. E volta o olhar ao longe.
Na semana seguinte eu pensava sobre o Shogun enquanto subia a ladeira infinita. Assustei-me ao vê-lo de novo ali. Do mesmo jeito, o mesmo Shogun estátua de antes. Eu estava perturbado: como podia o Japão ser assim tão simétrico em tudo, até no descanso dos bichanos? Tão padronizado, tão organizado, tão previsível? E antes de me dar conta, bati o pé no chão para tentar distrair o Shogun. Igualzinho fiz das outras vezes. Shogun olhou para mim. Olhou para longe.
Maldito, maldito Shogun!
Semana que vem faço outro caminho.
Talvez com menos sangue na cabeça depois de tamanha escalada, minha atenção vai mais lenta também. Vejo as casas, muitas com enfeites na porta, ou na calçada. Tudo é diferente. Uma pequena oficina. E logo adiante um gato sentado em frente a uma casa. Está sob a luz, ao invés das sombras. Acho estranho tamanho descuidado por parte de um felino.
Num dos passos, arrasto o pé no chão. O barulho o faz olhar para mim. Mas mais nada. Volta o olhar para o mesmo infinito de que se ocupava antes.
Dois dias depois, vou subindo. Lá está ele. Que gato doido, sempre aí, sozinho, no mesmo lugar, olhando para o mesmo ponto, do mesmo jeito. Vou assustá-lo para quebrar essa mesmice toda do Japão. Arrasto o pé. Ele olha para mim. Olha para seu infinito. E fica lá.
Dou um nome a ele. Shogun. Melhor dar nome, antes que ele resolva fugir dali.
Fim de semana. Vou passear em Tóquio. Chove. No trem, vou olhando aquelas casas todas iguais quilômetros e quilômetros afora, os prédios todos com um mesmo padrão muito parecido - ou vai ver é meu olhar que ainda não entende das nuances daqui. Algo me tranquiliza: ao menos hoje o Shogun não estará lá.
Pois a chuva já nem era mais garoa. E lá estava Shogun e seu infinito sendo admirado igual sempre.
Bato o pé no chão com mais força. Olha para mim. E volta o olhar ao longe.
Na semana seguinte eu pensava sobre o Shogun enquanto subia a ladeira infinita. Assustei-me ao vê-lo de novo ali. Do mesmo jeito, o mesmo Shogun estátua de antes. Eu estava perturbado: como podia o Japão ser assim tão simétrico em tudo, até no descanso dos bichanos? Tão padronizado, tão organizado, tão previsível? E antes de me dar conta, bati o pé no chão para tentar distrair o Shogun. Igualzinho fiz das outras vezes. Shogun olhou para mim. Olhou para longe.
Maldito, maldito Shogun!
Semana que vem faço outro caminho.
Sunday, October 23, 2011
Contexto ou inércia?
Chega o indiano e eu o cumprimento, num lapso, em português:
- Hello!
- Opa, tudo bom aí? Beleza?
- Oh, yes. And how about you?
Eiiii, eu falei em português!!! Como assim você entendeu??? Freak!
- Hello!
- Opa, tudo bom aí? Beleza?
- Oh, yes. And how about you?
Eiiii, eu falei em português!!! Como assim você entendeu??? Freak!
Saturday, October 22, 2011
Auto-avaliação
- Oh, and I hate their accent when the french try to "speak" English!
Frase dita por um francês.
Frase dita por um francês.
Friday, October 21, 2011
São as estatísticas
Ouvi dizer que apenas 0,1% da população japonesa é católica. Isso tem implicações.
Significa que, numa conversa, podem perguntar se você é católico. E você pode tranquilamente responder:
- Minha família é. Mas eu não.
- Por quê?
- Porque isso sempre tem a ver com dinheiro, na verdade. No Brasil sempre tem igreja abrindo e ganhando dinheiro. E pessoas de todo tipo, inclusive bem pobre, indo lá deixar o pouco dinheiro que tem.
E aí você discute sobre isso. A exploração da igreja. O sentido das cerimônias.
E escuta atentamente o comentário:
- Meu pai é pastor. Meu avô também era. Minha família é muito ligada à igreja.
Ainda bem que, anos atrás, um enxame de missionários norte-americanos já rezou bastante pela minha alma.
Significa que, numa conversa, podem perguntar se você é católico. E você pode tranquilamente responder:
- Minha família é. Mas eu não.
- Por quê?
- Porque isso sempre tem a ver com dinheiro, na verdade. No Brasil sempre tem igreja abrindo e ganhando dinheiro. E pessoas de todo tipo, inclusive bem pobre, indo lá deixar o pouco dinheiro que tem.
E aí você discute sobre isso. A exploração da igreja. O sentido das cerimônias.
E escuta atentamente o comentário:
- Meu pai é pastor. Meu avô também era. Minha família é muito ligada à igreja.
Ainda bem que, anos atrás, um enxame de missionários norte-americanos já rezou bastante pela minha alma.
Wednesday, October 19, 2011
Yopparai
Sake, bebida típica japonesa? Qual sake? Whisky ou vodka?
Pois é. Sake, por aqui, é o nome genérico de "bebida alcoólica". Qualquer uma. Então não adianta apenas pedir um sake. Tem que dizer qual é o seu preferido.
Aquilo que no Brasil conhecemos como sake, ou saquê na nossa grafia, atende nestas terras por "nippon-shu".
É isso o que eu lembro de ontem. E só.
Pois é. Sake, por aqui, é o nome genérico de "bebida alcoólica". Qualquer uma. Então não adianta apenas pedir um sake. Tem que dizer qual é o seu preferido.
Aquilo que no Brasil conhecemos como sake, ou saquê na nossa grafia, atende nestas terras por "nippon-shu".
É isso o que eu lembro de ontem. E só.
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