Monday, August 31, 2009

Discursinho sobre o método


Foi minha irmã, tempos atrás, quem contou a história. Em uma aula de música, ela viu a recorrente e mesmo tradicional discussão sobre qual seria o melhor método de estudos... Bona? Dotzauer? Qual? Defensores sempre os havia para todos os casos. Os humanos são assim, muito bem organizados para maximizar os prazeres de todas as querelas, sempre dividindo-se quase que instantaneamente para todos os lados possíveis da questão. Às vezes duvido que os humanos sejam realmente racionais. Mas, pensando nessa eficiência com que se fazem sempre partidários para todas as hipóteses possíveis, talvez seja melhor dizer que os humanos são mais que racionais. São, sei lá, multi-racionais, ou pluri-racionais. Mas isso é divagar já, voltemos aos métodos...

As discussão são sempre inúteis e sem fim. Quem prefere estudar música com o Bona, terá seus argumentos e com muita astúcia desmantelará todos os argumentos em favor do Dotzauer. É exatamente o mesmo que faz o partidário do Dotzauer contra o Bona. Até que, no meio dessa poeira toda, uma luz. Um dos professores da minha irmã resolveu a questão, quase que em segredo, pois terminar brigas assim seculares com tamanha simplicidade seria um crime: "mais importante do que ter o melhor método, é ter um método".

Uma seqüência definida no plano de estudo, não importando se é ou não a melhor mas que, se seguida, definitivamente o levará a algum lugar. Mil vezes melhor que a constante alternância de estradas, que consome todo o combustível nos percursos enganosamente curtos das vicinais.

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