Monday, April 08, 2019
Tuesday, September 07, 2010
Eu queria ter ido...
Saturday, December 26, 2009
Monday, December 14, 2009
Tuesday, December 08, 2009
Como nos Planos Cruzados...
Wednesday, September 16, 2009
Os copépodes

Seres estranhos, esses pequenos copépodes. Parecem ervilhinhas com longas antenas. Monstros de um outro mundo? Aberrações de um canto bizarro e esquecido de nosso planeta? Não... nem de longe. Trata-se, na verdade, de um dos mais importantes habitantes da Terra. Há estimativas estipulando que eles constituem a maior fração da biomassa deste planeta. Ou seja, se você pesasse todos seres vivos, o maior peso seria devido à população destas pequeninas bizarrices.
Sua importância na cadeia alimentar global é tremenda. Eles alimentam-se do plâncton microscópico para posteriormente (a contragosto) servirem de alimento aos seres maiores. São portanto os pilares que sustentam a vida macroscópica do oceano sobre o invisível mundo fotossintético difuso mares afora.
E eu há pouco nem sabia que eles existiam!

Friday, September 04, 2009
Friday, August 28, 2009
Marolinhas
Sunday, August 16, 2009
Fim do mundo via Twitter

Para que um asteróide consiga penetrar na atmosfera terrestre, precisa ter um diâmetro mínimo de uns 200 metros. Menos que isso e ele será queimado, sua poeira diluída na atmosfera. O que não quer dizer que objetos menores não causem estrago.
Um famoso caso é o chamado evento de Tunguska. Em junho de 1908, uma pedrinha com uns 70 metros de diâmetro invadiu a amosfera terrestre por lá, viajando intrepidosamente a várias vezes a velocidade do som. Tendo menos de 200 metros, não chegou a tocar o solo. A explosão causada pela sua rápida destruição na atmosfera, contudo, gerou uma onda de choque que derrubou as árvores ao redor num raio de 30 quilômetros! Imagine um evento assim acontecendo sobre uma cidade grande, e começamos a ter uma idéia clara dos riscos que o espaço representa.

E se você ainda não se convenceu, pense no seguinte: há pelo menos 5000 asteróides com mais de 800 metros de diâmetro que de tempos em tempos passam pelas vizinhanças da Terra, e cujas trajetórias não são devidamente monitoradas.
Alarmante, mas você não precisa perder o sono por causa disso. A NASA, que desde a década de 90 vem monitorando um número cada vez maior desses pedregulhos celestes, colocou no ar o site Asteroid Watch, e também uma conta no Twitter, http://twitter.com/asteroidwatch. Antes de dormir, basta uma twittada rápida pra checar se o fim dos tempos está próximo ou não...
Asteróides atingindo a Terra parecem coisa do passado? O evento de Tuguska foi em 1908. Tá, 1908, aqui no agitado início do novo milênio, parece algo eras e eras atrás. Em termos de tempo astronômico, 1908 é HOJE. E lembremos do cometa Shoemaker-Levy, que atingiu Jupiter apenas alguns anos atrás. Observe na foto abaixo, as marcas deixadas pelo impacto. Arranhões? A Terra, para comparação, é menor que o visível redemoinho de Jupiter... Não teria sobrado muita coisa por aqui, não é?

Wednesday, September 03, 2008
Sunday, March 02, 2008
Aos curiosos: Geologia!

O link: Planet Earth and the New Geociences
O site é muito completo. São 16 capítulos com muitas ilustrações sobre os mais diversos tópicos ligados às ciências da Terra. Um desses ótimos achados que a insônia me proporciona quando aliada à repulsa pela introspecção auto-fagocitótica fora de hora...
Sunday, February 03, 2008
Mau pra uns...
Isso é puro otimismo é? Olha só o que o Sr. Putin disse sobre o aquecimento global:
"Graças ao aquecimento, gastaremos menos em casacos de pele e outros instrumentos para nos aquecer"
Mas que jóia hein! Daí você acessa essa reportagem aqui e vê que a Rússia não dá a mínima pra problemas ecológicos.
Tuesday, January 08, 2008
Sobre Pripyat
Na foto abaixo, uma imagem da região da usina nuclear de Chernobyl, obtida no Google Maps.
Para encontrar a usina, digite "Chernobyl" no google maps... Essa busca vai indicar o local destacado abaixo pela seta verde. A usina fica a noroeste, conforme mostrei na imagem abaixo.
Alguns links:
Mainsonbisson Blog, um blog com retrospectiva do acidente e muitos links interessantes.
Chernobyl: 20 anos de ameaça nuclear, site educacional com história do acidente e algumas discussões a respeito.
Imagens de Pripyat, várias fotos da cidade, de diversos ângulos, como parte de um trabalho que pode ser acessado a partir do mesmo endereço. As fotos claramente exploram a temática da destruição. Mas é interessante observar como a natureza, em meio aos restos da civilização, vai retomando seu espaço e se estabelecendo.
E, pra terminar, mais uma frase da reportagem que estava lendo na Galileu: "Se o homem desaparecer amanhã, você espera ver montes de poodles vagando pelas planícies?". Tá, pode ser que isso não ocorra, mas que a hipótese leva a cenas divertidíssimas, não se pode negar!
Acerto irônico
"A vegetação e os animais silvestres não percebem a radiação como perigosa, e qualquer ligeira redução que possa provocar em sua longevidade é bem menos perigosa que a presença de pessoas e seus animais de estimação."
Pois bem... Na revista Galileu deste mês saiu uma reportagem entitulada "A Terra sem os humanos", que discute o que aconteceria com toda a interferência que o homem criou sobre a Terra daqui a milhões de anos, caso sumíssemos hoje. A energia elétrica sumiria, construções sem manutenção começariam a ruir. Pastos voltariam a ser ocupados por florestas... Enfim. Especulações ludicamente interessantes. Eu creio que a reportagem se inspirou num grande livro lançado há pouco tempo, que trata exatamente deste tema... Mas não me lembro o título ou o autor, então vou deixar esta comparação para depois.
De qualquer forma, o interessante mesmo na reportagem não são estas especulações sobre o futuro, mas sim interessantes observações sobre o presente. Quando Lovelock ironizou o temor humano pela energia nuclear enfatizando que o que é realmente ruim para a natureza são os humanos e não a radiação, citou como exemplo os testes submarinos da bomba de hidrogênio. A despeito de toda a radiação liberada em uma região de quilômetros, hoje são áreas de rica diversidade natural, e esta diversidade é protegida pelo fato de que os elevados níveis de radiação presente afugenta os humanos. Pois bem... A reportagem da Galileu cita um outro exemplo.
Pripyat, uma cidade próxima a Chernobyl, Ucrânia, e que foi evacuada após o famoso acidente.
A área em volta de Chernobyl revela como a natureza retoma seu lugar de comando rapidamente. "Eu realmente esperava ver um deserto ali", diz Chesser. "Fiquei bem surpreso quando entrei na zona de exclusão e vi que se trata de um ecossistema próspero."
[...] Os porcos selvagens são de 10 a 15 vezes mais comuns na zona de exclusão de Chernobyl do que fora dela, e seus predadores estão fazendo um retorno espetacular. "Eu nunca vi um lobo na Ucrânia fora da zona de exclusão. Vi muitos dentro dela", diz Chesser.
Maravilha! A radiação é algo bom pro mundo, especialmente quando acidentes acontecem, pois então ela cria bolsões em que nos excluimos e onde, finalmente, a natureza reencontra um pouco de paz para seu livre desenrolar. Onde mais seriam convenientes alguns acidentes nucleares? É melhor eu ficar quieto antes que ambientalistas extremistas telefonem pro Osama pra montar alguma bizarra joint-venture.
Monday, June 18, 2007
Nuclear energy
Uranium Information Center
Monday, June 04, 2007
É muito!!!

Está certo isso? A reportagem especial do Estadão sobre a poluição na China diz que em 2006 o consumo de carvão na China foi de 2,5 bilhões de toneladas. Isso está certo? Eu fiquei pensando... puta que o paril, isso é coisa pra caramba!
Dando um chute bem mal chutado... Considerando que a densidade de todo esse carvão é a mais alta que consegui encontrar, ou seja, de 1600 kg/m³, então estamos falando de um volume total de (2,5x10^12kg)/1600=1,56 bilhão de metros cúbicos, ou um caixotão de 1160 metros de aresta. Isso de CARVÃO SÓLIDO! Isso é o que a China queima em 1 ano...
Agora pense... Isso tudo vai ser queimado... O que é sólido vai virar gás. Faz tempo que eu não mexo com aquelas formulinhas de cursinho, mas que eu me lembre não é difícil ver que volume essa fumaça toda ocupa... Tem que lembrar que mol é um número bem grande, que Avogadro foi um cara legal e que o número 22,4 aparece na história. Ah! Fundamental: a regra de três é mágica.
Se 1 kg de carvão tem lá uns 60 moles de carbono, assumindo que tudo virou CO2 temos 60 moles de CO2... para cada quilo... Cada mol de gás ocupa 0,0224 m³ na atmosfera. Isso leva, para a China, a 1.5e14 moles de CO2 por ano, ou 3.36e12 m³ de gás carbônico puro... Esse volume é correspondente a um caixotão cúbico com 14978 metros de aresta. Todo ele cheio só com gás carbônico... Isso num ano. Então a cada dia abre-se à amosfera um caixotão de 2 quilômetros de aresta, cheinho de fumaça. Isso só na China... EUA e UE terão outros números comparáveis e o resto do mundo ainda mais uma fraçãozinha....
É muito!
Tudo bem que a China é grande, mas essa poluição é concentrada às grandes cidades, e não se dispersa por toda a altura da atmosfera... E o volume que nem parece tão grande assim é de fumaça pura... Ela diluída no ar, mesmo em concentrações altíssima, passará a ocupar um volume bem maior...
E mais uma coisa... Calculamos um cubo de fumaça de quase 15 km de altura. Mas a poluição em geral se dispersa em uma camada bem próxima ao solo... Em torno de 300 a 400 metros, eu diria. Usando 400 metros como altura para nosso cubo de fumaça, a produção diária de fumaça da China cobre uma área de 23 km² com fumaça pura. Ou 8400 km² em um ano. Com uma área total de 9 572 909 km², a diluição anual (se a fumaça se distribuísse de forma homogênea) seria de 0,08%. Tá... parece pouco? Em pouco mais de 1000 anos a China ganharia uma camada de fumaça pura de 400 metros de altura, sem um espacinho com oxigênio ou o que seja, nesse ritmo (é só uma ilustração, eu sei, efeitos de dissipação não estão considerados). E, além disso, o jeito certo de avaliar estes números é conhecendo o limite de concentração de poluentes para os humanos. Ao lembrarmos que a unidade para isso é a ppm (partes por milhão), dá pra ver que um pouquinho já é bastante e faz um mal danado.
Segundo uma reportagem da Revista Fapesp o limite de segurança para concentração de monóxido de carbono é de 50 ppm, e para o dióxido de carbono, que não é considerado tóxico porém é um indicador de qualidade do ar, limiares de 1000 ppm começam a indicar problemas.
Tomando este último número como referência, para sermos bonzinhos, o cálculo muda completamente de figura... Na taxa atual de emissão, levaria apenas 1,25 ano para a China se cobrir com uma curtina de fumaça dessas proporpções, e aqui "levaria" torna-se uma possibilidade muito grande... É claro que ela só não está mais poluída porque está exportando essa fumaça toda, e parte é absorvida pelo meio ambiente e tudo o mais... Mas creio que esse cálculo simples e curioso deixa bem claro o quão inadequado é o modelo energético chinês (e, para estes efeitos, americano, europeu, e desenvolvidos em geral)...
Links de interesse:
EnviroChina
Substitutes for wood, turning to coal and other approaches
Surging Chinese Carbon Dioxide Emissions
China's Coal Addiction: More Than Just a Pollution Problem
Air Pollution in China
Tuesday, February 06, 2007
Advogado do diabo

Na página 92 da mais recente edição brasileira, Lovelock escreve:
"A vegetação e os animais silvestres não percebem a radiação como perigosa, e qualquer ligeira redução que possa provocar em sua longevidade é bem menos perigosa que a presença de pessoas e seus animais de estimação."
Acho essa defesa contundente, irônica e sóbria. Não pude evitar esboçar um sorriso ao lê-la. Sim, é verdade, nós, nossos animais de estimação ou as dendríticas extensões de nossa civilização são as maiores ameaças ao mundo natural... E quando testes nucleares traumatizam uma determinada região impedindo que os humanos se aproxime, em pouco tempo esse lugar se tornará um refúgio seguro para a vida selvagem, por piores que sejam as conseqüências da radiação remanescente.
De qualquer modo, não é de se estranhar o porquê de a palavra "nuclear" despertar tanto desespero. Basta assistir o vídeo abaixo para viajar ao passado, ao período dos testes nucleares...
Ainda assim, com todos os horrores das bombas atômicas, fotos de locais de testes submarinos, como o atol de bikini, apresentam-se hoje como argumentos a favor de Lovelock. Basta ver a profusão de vida natural envolvendo os destroços de uma embarcação, abaixo.

É claro que James Lovelock não está defendendo as armas atômicas em seu livro; isso seria loucura. Ele é enfático, aliás, ao observar que
"Estamos certos em temer as armas nucleares. Talvez sua única virtude foi terem amedrontado tanto os líderes das superpotências que a Guerra Fria nunca esquentou." (pág. 98)
O que ele faz é analisar friamente o exemplo mais extremo conhecido do emprego da energia nuclear para concluir que a radioatividade não é algo tão diabolicamente perigoso como nos habituamos a pensar. O objetivo final da argumentação é convencer da viabilidade do emprego maciço de usinas nucleares para produzir o suprimento energético de nossa civilização. É a única tecnologia livre de emissões de gases estufas capaz de produzir energia na magnitude demandada atualmente.

Sunday, January 28, 2007
A vingança de Gaia

Mais uma leitura em andamento. A Vingança de Gaia, por James Lovelock.
Não vou me perder reproduzindo informações aqui, quem quiser se atualizar sobre o básico, clique aqui para saber mais sobre Lovelock ou aqui para saber mais sobre Gaia, a Deusa ou Gaia, o planeta vivo.
Vou é falar rapidamente do meu interesse no assunto: sistemas dinâmicos, equilíbrio, feedback... É preciso entender um bom tanto de Controle, de Equações Diferenciais, para poder realmente entrar na discussão. Eu não entendo, nem de perto, o mínimo desses assuntos para participar. Mas vou progredindo aos trancos e barrancos, um dia chego lá. Enquanto isso, me encanto com os aspectos conceituais do debate. E me preocupo com os aspectos práticos.
Thursday, December 28, 2006
Menos noites frias
Nessa última notícia, o que me chamou a atenção foi a seguinte informação:
"O número de noites muito frias diminuiu 76% e o de noites quentes aumentou cerca de 72%."
Isso afeta profundamente nosso modo de viver. Noites frias são definitivamente melhores que noites quentes. O mundo vai ficar, antes de inabitável, extremamente apático.
Já há algumas semanas tem sido comum eu dormir de janela aberta e sem camiseta, coisa que nunca havia sido meu costume. Gosto de dormir, em geral, com mais cobertores que o necessário.