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Wednesday, March 23, 2011
Visões de um Che Guevara verde
Nada de bombas atômicas ou aquecimento global ou escassez de recursos ou era glacial... A vida em Marte, se existiu, pode ter se deparado com o mais ferrenho dos exterminadores: o capitalismo. Ao menos é essa a sugestão de Hugo Chapolin Chávez, segundo matéria do Estadão, disponível aqui enquanto durar o link.
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Wednesday, January 27, 2010
Friday, September 04, 2009
Pobre Keynes...
Wednesday, August 26, 2009
Pergunta do dia
Qual a semelhança entre John Stuart Mill e Michael Jackson?
Ainda há muito por debater...
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Monday, October 27, 2008
Ô crise dos infernos!
Manchete na Folha de hoje:
Itaú adianta resultados e revela queda em lucro no trimestre
Segue a notícia:
O lucro trimestral foi de R$ 1,8 bilhão, abaixo do ganho de R$ 2,428 bilhões registrado no mesmo período em 2007.
Bota pindaíba nisso! Lucrar só R$1,8 bilhões quando esperavam R$2,4 bilhões... Isso é que é tempo de vacas magras! Salve-se quem puder!
Itaú adianta resultados e revela queda em lucro no trimestre
Segue a notícia:
O lucro trimestral foi de R$ 1,8 bilhão, abaixo do ganho de R$ 2,428 bilhões registrado no mesmo período em 2007.
Bota pindaíba nisso! Lucrar só R$1,8 bilhões quando esperavam R$2,4 bilhões... Isso é que é tempo de vacas magras! Salve-se quem puder!
Wednesday, May 14, 2008
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Wednesday, May 07, 2008
Retiro
Any path is only a path, and there is no affront, to oneself or to others, in dropping it if that is what your heart tells you . . . Look at every path closely and deliberately. Try it as many times as you think necessary. Then ask yourself, and yourself alone, one question . . . Does this path have a heart? If it does, the path is good; if it doesn’t it is of no use.
Carfos Castaneda, The Teachings of Don juan, citado por Fritjof Capra em The Tao of Physics.
... ...
Talvez seja melhor parar de ler essas coisas e só garantir meu diploma...
:(
Carfos Castaneda, The Teachings of Don juan, citado por Fritjof Capra em The Tao of Physics.
... ...
Talvez seja melhor parar de ler essas coisas e só garantir meu diploma...
:(
Wednesday, March 05, 2008
Ritual
Escrevi algumas páginas. Imprimi tudo. Queimei e deixei as cinzas serem levadas ao vento. Fazia tanto tempo que eu não escrevi assim...
Deveria ser fácil assim com tudo. Por que só certas cinzas voam pra longe?
Eu às vezes faço o que sinto vontade de fazer.
E às vezes faço o que entendo ser certo, apesar de tudo.
Esses dois Adrianos diferentes deveriam guerrear em campo aberto e se materem, pois causam problemas demais um ao outro...
Deveria ser fácil assim com tudo. Por que só certas cinzas voam pra longe?
Eu às vezes faço o que sinto vontade de fazer.
E às vezes faço o que entendo ser certo, apesar de tudo.
Esses dois Adrianos diferentes deveriam guerrear em campo aberto e se materem, pois causam problemas demais um ao outro...
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Tuesday, February 19, 2008
Da natureza das coisas
Veja só como as coisas funcionam...
Fico pensando em certas coisas, e não sei dizer se sou expontâneo, sincero ou idiota!
É horrível que estas categorias tão distintas não sejam mutuamente excludentes.
Fico pensando em certas coisas, e não sei dizer se sou expontâneo, sincero ou idiota!
É horrível que estas categorias tão distintas não sejam mutuamente excludentes.
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Conteúdo
Ah! Fazia tempo que eu não experimentava essa sensação... tempo mesmo! De ter uma tonelada de coisas pra dizer e não ser capaz de dizer um mísero grama... Seria alguma recaída da minha costumeira verborragia incensurável? Não não, prefiro crer que foi só questão de prudência e, acima de tudo, uma certa educação...
Eu queria ser mais superficial em minha forma de ver minha própria vida... Assim eu talvez não tivesse desperdiçado momentos importantes inventando problemas que não tinham a menor razão de ser...
Bom, melhor ir dormir e decantar esses pensamentos todos lá, quieto...
Eu queria ser mais superficial em minha forma de ver minha própria vida... Assim eu talvez não tivesse desperdiçado momentos importantes inventando problemas que não tinham a menor razão de ser...
Bom, melhor ir dormir e decantar esses pensamentos todos lá, quieto...
Sunday, February 17, 2008
Desespero
Ah! Como eu queria ter um monte de respostas, como eu queria saber certas coisas...
Não não... eu queria era ser genuinamente menos chato, e ter é menos perguntas!
.......
Não não... eu queria era ser genuinamente menos chato, e ter é menos perguntas!
.......
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Wednesday, February 06, 2008
ELA
- Estou lendo seu blog. Demando mais menções ao meu respeito.
Ela é assim: ela quer, ela pede. A frase é direta e objetiva. Sem floreios fugitivos ou envergonhados.
E eu só posso obedecer, até porque é um prazer. Até porque o tema é tão vasto... E vou não só obedecer mas também pedir desculpas pelo atraso, pelo sumiço, pela breve fuga do tema. Afinal falar dela é sempre falar de mim em uma certa medida. Não que a gente seja a mesma coisa. Mas as histórias às vezes produzem esse efeito de mistura. É um espelho e é uma tela em branco. Estarei muito vago para o gosto dela? Creio que sim...
Andaram listando as qualidades dela por aí. Andaram listando os defeitos também. Cogitaram me envolver na concepção desta última lista. Mas, sendo bem sincero, ela não tem nenhum dos "defeitos absolutos". Vícios, grandes ausências (de cultura ou conversa ou presença de espírito), grandes pecados, falhas de caráter. Eu já listei vários, confesso. Mas com o tempo tive que dar um jeito de ir apagando os itens da lista. Era ou isso ou aceitar mentir pra mim mesmo, e não sou tão sacana assim com o pobre de mim.
Não é por isso que vou deixar de falar algo sobre os defeitos dela... Uma oportunidade assim não se perde, não é mesmo? Ela tem uma característica que não vejo na maioria das pessoas que conheço. Rigidez de caráter. Não rigidez no sentido pejorativo... No sentido de sólido mesmo, de imutável, de robusto... Isso é ótimo por diversas razões que nem precisam ser explicitadas aqui, mas gera alguns problemas. É o que falei: não é um defeito em si. Mas as pessoas não estão acostumadas a isso, e vez ou outra vão se chocar ao ver o afinco com que ela continua seguindo na mesma linha, sendo ela mesma, a despeito de tudo, das circunstâncias, das tentações, das pessoas... Deu pra entender? É difícil colocar isso na lista de defeitos, somente, sem ser injusto. É um defeito mas também uma qualidade, ao mesmo tempo. Quem não gostaria de ser assim?
Ah, tem um defeito sim, que pode parecer só uma tentativa de agradar, mas que é problemático e que eu não imaginava antes. Auto-estima, Auto-imagem. Ela precisa melhorar aí. Essas coisas afetam muitas outras a médio e, principalmente, longo prazo. Demandas, anseios, desejos, sonhos e posturas. Existem pessoas que se acreditam muito maiores do que realmente são, e geralmente são um entojo insuportável. Mas ver alguém não se percebendo do tamanho que tem é inquietante, agoniante...
E... bom, ela acabou de me mandar:
- escreveu meu post?
E eu justamente pensando se devia ficar por aqui ou acrescentar algo mais. Acho que foi um sinal.
Ela é assim: ela quer, ela pede. A frase é direta e objetiva. Sem floreios fugitivos ou envergonhados.
E eu só posso obedecer, até porque é um prazer. Até porque o tema é tão vasto... E vou não só obedecer mas também pedir desculpas pelo atraso, pelo sumiço, pela breve fuga do tema. Afinal falar dela é sempre falar de mim em uma certa medida. Não que a gente seja a mesma coisa. Mas as histórias às vezes produzem esse efeito de mistura. É um espelho e é uma tela em branco. Estarei muito vago para o gosto dela? Creio que sim...
Andaram listando as qualidades dela por aí. Andaram listando os defeitos também. Cogitaram me envolver na concepção desta última lista. Mas, sendo bem sincero, ela não tem nenhum dos "defeitos absolutos". Vícios, grandes ausências (de cultura ou conversa ou presença de espírito), grandes pecados, falhas de caráter. Eu já listei vários, confesso. Mas com o tempo tive que dar um jeito de ir apagando os itens da lista. Era ou isso ou aceitar mentir pra mim mesmo, e não sou tão sacana assim com o pobre de mim.
Não é por isso que vou deixar de falar algo sobre os defeitos dela... Uma oportunidade assim não se perde, não é mesmo? Ela tem uma característica que não vejo na maioria das pessoas que conheço. Rigidez de caráter. Não rigidez no sentido pejorativo... No sentido de sólido mesmo, de imutável, de robusto... Isso é ótimo por diversas razões que nem precisam ser explicitadas aqui, mas gera alguns problemas. É o que falei: não é um defeito em si. Mas as pessoas não estão acostumadas a isso, e vez ou outra vão se chocar ao ver o afinco com que ela continua seguindo na mesma linha, sendo ela mesma, a despeito de tudo, das circunstâncias, das tentações, das pessoas... Deu pra entender? É difícil colocar isso na lista de defeitos, somente, sem ser injusto. É um defeito mas também uma qualidade, ao mesmo tempo. Quem não gostaria de ser assim?
Ah, tem um defeito sim, que pode parecer só uma tentativa de agradar, mas que é problemático e que eu não imaginava antes. Auto-estima, Auto-imagem. Ela precisa melhorar aí. Essas coisas afetam muitas outras a médio e, principalmente, longo prazo. Demandas, anseios, desejos, sonhos e posturas. Existem pessoas que se acreditam muito maiores do que realmente são, e geralmente são um entojo insuportável. Mas ver alguém não se percebendo do tamanho que tem é inquietante, agoniante...
E... bom, ela acabou de me mandar:
- escreveu meu post?
E eu justamente pensando se devia ficar por aqui ou acrescentar algo mais. Acho que foi um sinal.
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Saturday, January 12, 2008
Abandoned fate
[Kiko Loureiro]
Silent talks
In a cold room, lost
Thoughts are gone
I'm alone
Wonder why
Why the faults were mine
Should I promise this?
Day by day
I need you
Hold you
Can't my eyes just tell?
Claim for pain
Was it all in vain?
New sad days to come
Many smiles we've done
Mourning face
In an abandoned fate
My mind is blind
But I still believe
The truth in shadows
Lies at me
Don't take my freedom
Is all I've got
Can't force my reason
For lovers knot
I'm lonely and lost
Don't mistreat me
Don't dismiss me
In joy and sorrow
Find a meaning
Keep on dreaming
It is so hard to learn
Here I stand
In a castle of sand
Who can help me then?
Thursday, January 10, 2008
O bigodudo de novo

"O amor a alguém afastado é mais elevado que o amor ao próximo."
É mais uma frase desse cara estranho que é cheia de sentido por si só. Você lê só a frasesinha e fica com essa sensação de que tudo foi dito, de que tudo está ali. Mas como sou chato pra caramba, resolvi procurar a fonte... Ela saiu do "assim falou Zaratustra", talvez um dos livrinhos mais estranhos da filosofia, e certamente muito prolífico. Vem justamente do capítulo "Do amor ao próximo", que não está na seleção da coleção "Os Pensadores" mas pode ser acessado na wikisource.
Mas deixemos toda a coerência com a tradição filosófica de lado e vamos ver a frase em si mesmo, que no fundo é mais legal...
O amor ao próximo é viciado de interesses, sempre, do que esse próximo é pra você, do que implica ou deixa de implicar.... Já o amor a alguém "afastado" é mais e mais livre para amar esta pessoa pelo que ela é em si, independentemente de qualquer relação com você. Ah, não vou desenvolver mais as idéias... daqui pra frente cada um pensa um pouquinho por si mesmo...
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Tuesday, December 25, 2007
Chuva de natal

A chuva afeta diretamente a cronologia dos pensamentos impedindo que congelemos o mundo externo num devaneio irresponsável por considerações impróprias. Efeito semelhante teria a música, mas sua artificialidade lhe tira o crédito enquanto com a chuva, somando-se aí sua magnitude, dá-se o oposto.
Tenho uma biografia diferente a cada trovão, e quando a chuva passar tudo o que pensei ficará escondido numa nota de rodapé. Num livro fechado. Numa estante velha. Num sótão empoeirado.
Ainda bem que, na maior parte das vezes, não sei de mim com tanta clareza como quando chove. Não me suportaria.
Solidão

Não estou me sentindo sozinho agora. Mas estou pensando na solidão. Na impossibilidade de compor uma definição direta e sucinta para a solidão que lide apenas com a proximidade física. A solidão afinal, ou sua cura, não é um fenômeno ligado a outras pessoas. Nasce e morre dentro de cada um. A solidão enquanto sentimento que goza de realidade física, é isolada, solitária dentro de cada um. Não é um isolamento físico, por si só, que produz a solidão, e nem mesmo a proximidade de outros que a cura (muitas vezes o efeito neste último caso é precisamente o contrário!). Coisa misteriosa essa sensação de que a vida não aconteceu a pleno se não foi dividida... Na fenomenologia do espírito com vocação para a solidão as coisas vão do mundo inanimado à experiência, dessas são diluídas à alma em sensações das mais diversas, e finalmente condensam-se numa história que se conta a um olhar alheio. E só é real aquilo que completa o ciclo.
Eu não entendo porque é que não serve um olhar qualquer, um ouvido qualquer... Seria tão mais barato combater a falta de ar carente vergonhosa da solidão se qualquer ouvido bastasse... Sugeriria a todos os sozinhos que providenciassem uma estátua a lhes ouvir as histórias. Ou, caso alegassem a necessidade de sangue quente pulsando por dentro da pele, poderíamos pensar em realocar todos os surdos por aí... Que serviriam de remédio contra as solidões do mundo sem incorrerem no risco de envenenarem-se da natureza alheia, protegidos que já estão dentro de suas próprias mentiras.
Equilibrio. Nada de extremos. Não há nada de errado em bastar-se a si, a saborear sozinho os sabores da própria vida. Não é condenável ser sozinho o expectador da própria arte. Mas equilíbrio. Vez ou outra é bom sim ser platéia da arte alheia e deixar que saibam dos teus rabiscos.
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Saturday, December 08, 2007
Tempos modernos
Mesmo quem não vive preso ao passado, pensa do presente pra frente e etc., vez ou outra se entrega a recapitular certos episódios da vida. A gente pensa no que aconteceu, relembra momentos, diálogos, situações, e vai reformando nossas auto-explicações, nossas teorias de nós mesmos. Hoje em dia, contudo, diversos momentos podem ser recapitulados com fidelidade, ao menos no que se refere a certos diálogos que ocorreram intermediados pela rede. Não há espaço para reinventar convenientemente o passado: você revive palavra por palavra do que ouviu e do que disse. Às vezes a tentação de inventar o passado é tão grande... apagar alguns detalhes, modificar "levemente" outros... Olhá-lo com clareza é estranho. Nem sei dizer se é recomendável...
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Saturday, August 25, 2007
Noções de direito
Uma liminar existe para que se possa preservar o objeto em juízo de modo que, qualquer que seja a decisão final, ela possa ser aplicada. Um exemplo prático: você planta uma árvore na calçada e seu vizinho reclama. Ele então processa você e exige o corte da árvore. Até que uma decisão final seja configurada acerca dessa questão, há a possibilidade de que o vizinho vá lá e elimine a árvore por conta própria. Nesse caso, então, é cabível que uma liminar seja concedida impedindo o corte da árvore. Assim, caso o processo conclua que ela deve ser preservada, lá ela ainda estará. De qualquer forma, é claro, caso julgue-se apropriado eliminar a árvore, basta cortá-la de uma vez por todas.
E assim são os processos, muitas vezes, liminar atrás de liminar, vamos vendo a árvore crescendo, o que ela parece se tornar... E, ainda assim, se a decisão final for a de cortá-la, em nada há que se comover com o peso das liminares anteriores. Basta cortá-la de uma vez.
E assim são os processos, muitas vezes, liminar atrás de liminar, vamos vendo a árvore crescendo, o que ela parece se tornar... E, ainda assim, se a decisão final for a de cortá-la, em nada há que se comover com o peso das liminares anteriores. Basta cortá-la de uma vez.
Sunday, August 12, 2007
Dia dos Pais

Pensei em fazer aqui alguma piada sarcástica, dessas que tão frequentemente faço no papel de pseudo-traumatizado que vez ou outra fico achando que sou na verdade um pseudo-desencanado. Morrendo de medo da segunda hipótese, deixei a idéia de lado. E vários outros pensamentos também.
Mas a mente humana (ou, para todos os efeitos, ao menos a minha mente, já que não posso garantir nada pelas outras) é teimosa demais e não pára de saltar de um assunto a outro. Faz considerações sem fim. Imagina, sonha, relembra, pondera, teoriza, interpreta, reinterpreta, tetrapreta e planeja.
Eram tantos assuntos, e tão diversos, tão sem respeito pela distinção entre aqui e agora, ontem e muito além do amanhã, que eu não saberia recapitular meus pensamentos de agora há pouco em algumas míseras linhas.
E, no entanto, sempre há um mágico fio condutor que de alguma forma une nossos devaneios mais díspares. Pensei em como meu pai sempre buscou criar a mim e aos meus irmãos. Para muitas coisas as respostas (sob o olhar de um adulto) eram tão simples; tenho certeza de que ele as tinha. Nunca as deu. Nos deixava procurando, nos ajudava a lidar com os percalços dos caminhos... Mas encontrar as respostas era algo que ficava por nossa conta. Isso até nos assuntos mais triviais. Às vezes ele se sentava ao meu lado, conversava, ouvia e falava. Mas sempre orientando a buscar o caminho, nunca dando direções definidas e prontas.
Meu Deus! O quão difícil deve ser fazer isso! Às vezes ficamos loucos de vontade de fornecer respostas prontas aos outros, principalmente quando vemos pessoas próximas em momentos de crise pronunciadas. E se de adulto para adulto a postura que meu pai adotava já demandava um enorme sangue-frio, imagine com crianças... com os próprios filhos!
Fiquei pensando nisso e pensando que, se meu pai aguentou fazer isso com os próprios filhos, posso aguentar e me segurar com relação às pessoas do meu convívio que às vezes desafiam a palpites mais intrometidos. E então pensei: como sou arrogante... como se EU tivesse alguma resposta definitiva para algo... Nunca há como saber. Preciso retomar minhas perguntas também.
O fato é que saber deixar que os outros encontrem as próprias respostas torna-se muito mais natural quando vemos as pessoas por compelto, além do que uma crise momentânea faz parecer. Quando enchergamos nelas todo o potencial adormecido que, para acordar, precisa reencontrar a fé em si e sua fonte interior de poder e controle. Isso não pode vir de fora. De fora o máximo que podemos fazer é inspirar esse reencontro, e às vezes eu gostaria de se melhor nessa tarefa de inspirador.
Lembrei de vários momentos com meu pai e tive saudades. Preciso ir vê-lo logo.
E, voltando a mente a toda aquela salada de pensamentos variados que antes poderiam inspirar até um certo desespero, um incômodo tenso e ansioso, de um modo muito natural e indescritível tudo o que senti foi uma serena paz.
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Thursday, August 02, 2007
Ponderando

“ESTA AERONAVE NÃO SATISFAZ AOS REQUISITOS DE AERONAVEGABILIDADE- VÔO POR CONTA E RISCO PRÓPRIOS”
Mas, me diz uma coisa... como ficar no chão?
Diante de qual risco você abriria mão dos seus sonhos? Quando o risco do prazer justificaria a monotonia de ficar no chão?
I fly because it releases my mind from the tyranny of petty things . . .
Antoine de Saint-Exupéry
The man who flies an airplane ... must believe in the unseen.
Richard Bach
The air up there in the clouds is very pure and fine, bracing and delicious. And why shouldn't it be? —it is the same the angels breathe.
Mark Twain, ‘Roughing It,’ Chapter XXII, 1886
E, um achado excepcional das minhas fuchicações pela net:
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