Sunday, August 16, 2009

Fim do mundo via Twitter


Para que um asteróide consiga penetrar na atmosfera terrestre, precisa ter um diâmetro mínimo de uns 200 metros. Menos que isso e ele será queimado, sua poeira diluída na atmosfera. O que não quer dizer que objetos menores não causem estrago.

Um famoso caso é o chamado evento de Tunguska. Em junho de 1908, uma pedrinha com uns 70 metros de diâmetro invadiu a amosfera terrestre por lá, viajando intrepidosamente a várias vezes a velocidade do som. Tendo menos de 200 metros, não chegou a tocar o solo. A explosão causada pela sua rápida destruição na atmosfera, contudo, gerou uma onda de choque que derrubou as árvores ao redor num raio de 30 quilômetros! Imagine um evento assim acontecendo sobre uma cidade grande, e começamos a ter uma idéia clara dos riscos que o espaço representa.

E se você ainda não se convenceu, pense no seguinte: há pelo menos 5000 asteróides com mais de 800 metros de diâmetro que de tempos em tempos passam pelas vizinhanças da Terra, e cujas trajetórias não são devidamente monitoradas.

Alarmante, mas você não precisa perder o sono por causa disso. A NASA, que desde a década de 90 vem monitorando um número cada vez maior desses pedregulhos celestes, colocou no ar o site Asteroid Watch, e também uma conta no Twitter, http://twitter.com/asteroidwatch. Antes de dormir, basta uma twittada rápida pra checar se o fim dos tempos está próximo ou não...

Asteróides atingindo a Terra parecem coisa do passado? O evento de Tuguska foi em 1908. Tá, 1908, aqui no agitado início do novo milênio, parece algo eras e eras atrás. Em termos de tempo astronômico, 1908 é HOJE. E lembremos do cometa Shoemaker-Levy, que atingiu Jupiter apenas alguns anos atrás. Observe na foto abaixo, as marcas deixadas pelo impacto. Arranhões? A Terra, para comparação, é menor que o visível redemoinho de Jupiter... Não teria sobrado muita coisa por aqui, não é?

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