Li no livro de um sniper americano, embora acho que não era o livro com esse exato título, sobre o espaço de um metro e meio ao redor da gente. E olha como é a vida. Eu não gosto, por princípio, de snipers. De exército. De guerra. Mas gosto de aviões militares, por exemplo. Não gosto que eles sejam efetivamente usados para disparar um tiro sequer. Mas eles são impressionantes. Como eu sou bizarro. Como a gente é bizarro. Mas e o metro e meio? O cara falava sobre alpinismo. Aprender a escalar montanhas. E em um dos dias de treinamento ele parou para apreciar a vista. E o instrutor dele disse é aí que você morre. Você morre olhando a vista ao redor. Você morre se distraindo. Porque sua vista não depende da vista. Seu poder de ação, tudo o que você pode interferir e que decidirá se vai viver ou morrer no próximo passo está aqui, dentro de um raio de um metro e pouco, até onde seus braços alcançam para cada lado. O resto está fora. E quando se distrai demais com o que está fora a ponto de esquecer desse espaço aqui dentro, morre.
Acho que isso explica várias das quedas da vida.
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