O livro "The Fractal Geometry of Nature", de Benoit B. Mandelbrot é cheio de descobertas interessantes. Além da riquíssima apresentação dos fractais e suas propriedades, há também toda a erudição de referências interessantes. Em um determinado ponto, Mandelbrot cita William James, que em seu "The Will to Believe" escreveu a seguinte afirmação, que traduzo livremente:
"O grande campo para as novas descobertas é sempre o dos resíduos sem classificação. Ao redor dos fatos organizados e acreditados de toda ciência sempre flutua uma espécie de névoa de observações excepcionais, de ocorrências menores e irregulares com as quais raramente somos confrontados, que sempre se mostram mais fáceis de ignorar do que de analisar. O ideal de toda ciência é o de um sistema fechado e completo de verdades. Fenômenos inclassificáveis dentro desse sistema são absurdos paradoxais, e devem ser mantidos como falsos - são negligenciados ou negados com o melhor da consciência científica. Irá renovar toda uma ciência aquele que continuamente procurar tratar desses fenômenos irregulares. E quando a ciência for renovada, suas novas formas frequentemente trarão mais a voz da exceção do que daquilo que antes era suposto ser a regra."
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